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Jornalista, autor de cinco volumes sobre a história do regime militar, entre eles "A Ditadura Encurralada".

Banqueiro nos EUA mostra que, quando rotina não aponta saída, há loucos que viram gênios

Após terremoto, dono de pequeno banco botou uma mesa na rua para emprestar para pobres

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Quando ninguém sabe o que fazer, ou quando as rotinas não apontam uma saída, surgem loucos que se revelam gênios.

Em 1906 a cidade de San Francisco foi destroçada por um terremoto, seguido de incêndios. Amadeo Giannini tinha um pequeno banco e sua clientela vivia no andar de baixo. Ele alugou um caminhão de lixo e tirou todo o dinheiro de seu cofre. (Outros banqueiros achavam que deviam deixá-los nas caixas-fortes e o calor assou as notas.)

A grande ideia de Giannini foi botar uma mesa na rua. Ele passou a emprestar dinheiro a quem estivesse precisando, confiando nos fios dos bigodes. Ele contava que recebeu de volta tudo o que emprestou e que no primeiro dia dessa operação maluca recebeu depósitos equivalentes a US$ 1,5 milhão em dinheiro de hoje.

Prédio do Bank of America, em Los Angeles, nos Estados Unidos - Mike Blake /Reuters

Mesmo que tenha exagerado, seu tamborete virou o Bank of America, um dos maiores dos Estados Unidos, e ele entrou para a história da banca.

Hoje e ontem


O doutor Rubem Novaes, presidente do Banco do Brasil, ensinou que "muita bobagem é feita e dita, inclusive por economistas, por julgarem que a vida tem valor infinito".

A vida dos outros, certamente. De qualquer forma, ele não é o único que pensa assim, nem essa maneira de pensar é nova.

Em 1830 a Santa Casa do Rio de Janeiro colocou um anúncio num jornal pedindo aos senhores de escravos que não mandassem para os cemitérios escravos doentes, mas ainda vivos.

Lembrando esse episódio, a historiadora Mary Karasch ensinou que naquele tempo a marca do comportamento do andar de cima não era e crueldade, mas o "simples descaso".

Alívio


Na cúpula do Judiciário cozinha-se uma trégua para as empresas que estão em recuperação judicial que, sem malandragens, viram-se obrigadas a atrasar pagamentos por causa da contração da economia.

Eremildo, o idiota

Eremildo é um idiota, venera todos os governantes presentes, passados e futuros. Por isso se aborreceu ao saber que a revista inglesa Economist chamou o capitão de "BolsoNero".

O cretino acha que o imperador romano ganhou má fama por causa de historiadores marxistas da época. Ele teria tocado violino durante o incêndio de Roma, mas os violinos só apareceram séculos depois.

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