Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.
O clássico mais nivelado do mundo
O Corinthians ganhou o mesmo número de jogos que perdeu para o Palmeiras
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Itaquera poderá ver o desempate do dérbi paulistano: será o 361º clássico entre Corinthians e Palmeiras e cada clube ganhou 127 vezes.
O nivelamento é tal que, no Campeonato Brasileiro, chega a ser espantoso: em 51 jogos, 17 vitórias para cada lado e 17 empates.
O gozado é que se houver novo empate, e o resultado passar a ser o preponderante no torneio, ninguém reclamará.
Porque não perder neste domingo (4) é mais importante até do que vencer, embora não devesse.
Primeiramente porque ganhar deve ser o objetivo principal de qualquer time, a menos que o empate signifique o título.
Segundamente porque, para o Corinthians, os três pontos, mais os eventuais três no jogo a menos que tem, contra o Goiás, também em casa, o colocarão no G-4.
E finalmente porque, para o Palmeiras, o triunfo o manterá, no mínimo, colado ao Santos, que recebe o Goiás de manhã.
Mas um “Corintia e Palmera” é um “Corintia e Palmera”, ô meu!
O Corinthians passou bem pelo fraco Montevideo Wanderers, na Sul-Americana, e seguirá invicto no pós-Copa América caso empate. Quer poder pensar tranquilo no Fluminense pelas quartas de final.
O Palmeiras voltou a vencer contra o frágil Godoy Cruz, na Libertadores, e permanecerá em paz se não perder, para manter o Grêmio na mira como prioridade.
Nem mesmo em Itaquera há desequilíbrio no dérbi, com 5 vitórias alvinegras e 3 alviverdes em 9 jogos. Na casa verde, o Corinthians vence por 4 a 2, em sete partidas.
Daí o jogo deste domingo, ainda pela 13ª rodada, ter mais a cara de contenção de dano do que de decisão, razão pela qual a igualdade será daquelas a permitir dizer que entre mortos e feridos salvaram-se todos.
Em tempo: a coluna aposta que haverá um vencedor.
Não o apontará para que não digam que esteja secando.
Nestes tempos de intolerância nem palpite em futebol tem sido bem entendido.
BALANÇO CONTINENTAL
Quatro times entre os oito finalistas da Libertadores, a dupla Gre-Nal e os milionários Flamengo e Palmeiras. A dupla gaúcha com os pés nas costas e a do eixo Rio-São Paulo sem passar firmeza, além de com auxílio da arbitragem. Inegavelmente um bom resultado para o futebol brasileiro.
Entre os demais quatro, os dois gigantes portenhos, Boca Juniors e River Plate, que devem fazer uma das semifinais ao passarem pela equatoriana LDU e pelo paraguaio Cerro Porteño.
Um brasileiro já está garantido na finalíssima, infelizmente em jogo único, em Santiago do Chile. Provavelmente contra um argentino.
E é aí que mora o perigo.
Também pela Sul-Americana os brasileiros são maioria, com as classificações de Corinthians, Fluminense e Galo, que pegará o colombiano La Equidad.
Os argentinos Independiente e Colón, o venezuelano Zulia e o equatoriano Del Valle são os demais.
OBSCURANTISMO
No clube da Democracia Corinthiana, um grupo, que deveria se chamar Fiéis Obscuros, conseguiu intimidar Andrés Sanchez a ponto de fazê-lo retirar do Memorial de Conquistas alvinegras a camisa de Gustavinho, o capitão do time de basquete, com a frase “Quem matou Marielle?”.
Como se fosse uma pergunta partidária ou ideológica.
Sanchez, que por anos frequentou o baixo clero petista, conseguiu envergonhar a memória do Doutor Sócrates.
A diferença está em que o craque foi, é, e será sempre homenageado. O cartola irá para lata do lixo da história.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters