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Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

Mirassolenses e pontepretanos desafiam corintianos e palmeirenses

  Nas semifinais dos caipiras contra a capital, corre mais risco o Palmeiras que o Corinthians  

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A coluna não quer ofender ninguém e não é por ser politicamente correta.

Caipira não é ofensa, é elogio à astúcia, como bem dizia o jornalista paulista de Tietê Cornélio Pires (1884-1958).

Confundem caipira com provinciano, o que apela por comendas, títulos de cidadão, bobagens para estimular vaidades medíocres.

Sergio Moro é provinciano. Inezita Barroso era caipira.

Portanto, não se ofendam mirassolenses e pontepretanos e não reclamem corintianos e palmeirenses.

Se ao fim deste domingo (2) os deuses dos estádios tiverem escolhido Mirassol e Ponte Preta para decidir o Paulistinha, o torneio terá final merecida, a segunda entre times do interior, 30 anos depois da disputa entre Bragantino e Novorizontino.

Bragantino que não honrou a melhor campanha na primeira fase ao sucumbir perante a camisa corintiana, nem sombra do time que derrotou o São Paulo.

Tricolor que, além de ter classificado o Corinthians, ficou em situação ainda pior ao testemunhar, em seu Morumbi, um dia chamado de salão de festas da Fiel, a facilidade com que o rival superou e cortou as asas do time de Bragança.

Nem é bom pensar se também o Mirassol, como é o mais provável, se curvar em Itaquera.

E o Santos? Bem, o Santos levou a virada da Ponte porque em meio à bagunça vivida na Vila Belmiro o desequilíbrio levou à terceira expulsão seguida no primeiro tempo, agora de Marinho, o melhor jogador do time depois de Soteldo.

Esperta, a Macaca se aproveitou e fez gato e sapato do Peixe no segundo tempo.

Visitará o opaco Palmeiras, incapaz de mostrar o mínimo esperado dele, uma ideia de futebol que seja, apesar do investimento e do aparente favoritismo tanto nesta noite quanto numa eventual final.

Por incrível que possa parecer, corre mais risco o alviverde que o alvinegro.

O tetracampeonato inédito no profissionalismo que parecia miragem, apesar do futebol pobre, começa a pintar como possível e será engraçado se couber a Corinthians e Ponte Preta decidir o torneio pela quarta vez.

Só que nada mais engraçado se for entre Ponte e Mirassol.

Inegável a tendência a termos mais do mesmo, Corinthians x Palmeiras, pela sétima vez.

Contra a Ponte o time de Parque São Jorge venceu as três vezes (1977/79 e 2017).

Já contra o maior rival há empate, com três conquistas palmeirenses (1936/74/93) e outras três corintianas (1995/99 e 2018).

Mirassol e Corinthians se enfrentaram na segunda rodada do Paulistinha e empataram 1 a 1, em Mirassol.

Ponte Preta e Palmeiras jogaram na quinta rodada com vitória do time da capital, em Campinas, por 1 a 0.

De lá para cá, o Corinthians chegou à semifinal aos trancos e barrancos, mas com três vitórias depois da parada da pandemia e sem sofrer gols, mais para Fábio Carille que para Tiago Nunes.

O Palmeiras fez caminho suave, embora sem nunca convencer, além de ter perdido Dudu e para o Corinthians, de Cássio, na volta açodada do futebol em São Paulo.

Se for mesmo o Dérbi a decidir o 125º campeonato, a final, como em 2018, será na casa verde, no sábado (8), depois do jogo de ida, em Itaquera, na quarta-feira (5).

E se as finais forem entre os caipiras?

Aí só Tonico e Tinoco é que sabem: "De que me adianta viver na cidade/Se a felicidade não me acompanhar/Adeus, paulistinha do meu coração/Lá pro meu sertão, eu quero voltar".

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