Médico, vencedor dos prêmios Esso (Informação Científica) e J. Reis de Divulgação Científica (CNPq).
Capacete protege o cérebro do condutor de patinete
Crescente uso desses veículos requer atenção com proteção do usuário
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Atualmente não é obrigatório usar capacete na condução do patinete elétrico em São Paulo. Mas o bom senso recomenda seu emprego.
A rejeição à obrigatoriedade do uso, relevada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, lembra a reação observada em 1977 quando da introdução do cinto de segurança nos automóveis. Todos o recusavam, mas hoje não se imagina uma pessoa no carro sem usá-lo.
O Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas da FMUSP já atende os acidentados com esta minimotoneta.
Pode-se esperar, além de fraturas, eventuais traumas cranianos em condutores de patinetes sem capacete.
Nos EUA, nos dois anos após a introdução do patinete (2017 e 2018), lesões de usuários já eram relatadas. Tarek K. Tivoli e cientistas da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, mostram na revista Jama Open que em 249 pacientes atendidos em duas emergências de hospitais, 40,2% sofreram trauma craniano; 31,7% fraturas e 27,7% contusões, entorses ou lacerações.
A maioria dos pacientes (94%) recebeu alta da emergência, mas 15 foram hospitalizados, dos quais dois, com graves lesões, foram para a UTI. Apenas dez dos acidentados usavam capacete.
Traumas cerebrais podem provocar problemas motores, síndrome neurocognitiva ou cefaleias crônicas e irritabilidade permanente.
Dependendo da violência do acidente, um capacete certamente minimiza as consequências.
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