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As hidrelétricas podem parar, advertiu o presidente da República, Jair Bolsonaro. E, pior, o consumidor vai pagar a conta e talvez fique sem energia. “Vai subir e não adianta chorar”, observou, ironicamente, o ministro da Economia, Paulo Guedes. “Inflação está dentro do jogo”, acrescentou. “Como gera emprego com uma CLT tão rígida?”, perguntou o presidente da República, referindo-se à legislação trabalhista.
Por tudo isso, e muito mais, é triste dizer, mas até janeiro de 2023 o consumidor não terá refresco. Em lugar de chorar, deve comparar preços, fugir das dívidas e economizar em cada compra. E manifestar, sempre que possível, sua insatisfação, democraticamente.
O saudoso Paulo Francis, jornalista e polemista ímpar, empregou a expressão “à matroca”, ou seja, à deriva. A atual situação dos desempregados, subempregados, das famílias com renda achatada —que pagam preços inacreditáveis para comprar arroz, carne, óleo de soja, combustíveis, energia elétrica e gás de cozinha— não decorre da falta de rumo, e sim das ações que estamos enfrentando nos últimos anos.
Não é a CLT que impede a redução efetiva do desemprego, mas a instabilidade institucional, com guerras forjadas contra o STF (Supremo Tribunal Federal), o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e a urna eletrônica.
Dá vontade de chorar, mesmo, pela disparada dos preços da energia elétrica, que afeta todos os segmentos econômicos e os consumidores em geral, inclusive os que sobrevivem com alguns reais por dia, quando conseguem trabalho eventual.
Temos de chorar pelo rumo equivocado, que nos lembra a frase de Emílio Garrastazu Médici, presidente da República entre 1969 e 1974: “O Brasil vai bem, mas o povo vai mal”. Ambos vão mal.
Então, o problema é o rumo, pelo menos até 2023.
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