Os conflitos recentes na região da cracolândia, no centro de São Paulo, chegaram à Corte Interamericana de Direitos Humanos. A denúncia foi feita pela deputada estadual Erica Malunguinho (PSOL-SP), que acusa o Estado brasileiro de violar a Convenção Americana de Direitos Humanos com as operações conduzidas contra usuários e traficantes.

VIOLAÇÃO

Segundo a deputada, a atuação do Estado na região tem agravado as condições de vida das pessoas que residem no entorno da cracolândia e daqueles que se encontram em situação de rua. Ela ainda afirma que há poucos programas voltados ao acolhimento e tratamento daqueles que fazem uso excessivo de drogas.

LACUNAS

"Muito embora todas as pessoas residentes na região sejam apontadas como usuárias de crack, muitas delas passam a viver ali por ausência de condições econômicas que garantam moradia digna e acesso a direitos sociais básicos", afirma Malunguinho, que cita a privação do acesso à saúde, à moradia e à educação pelos frequentadores do chamado "fluxo".

SIGAMOS

A Polícia Civil tem negado qualquer violação de direitos humanos nas operações. Tanto a gestão municipal quanto a estadual defendem a ofensiva e afirmam que o número de atendimentos a usuários aumentou desde que a intervenção na cracolândia foi deflagrada, no início do mês.

PORTAS ABERTAS

A consultora de moda Donata Meirelles, a advogada e cofundadora do Instituto Desvelando Oris Juliana Souza e a ativista Andrea Mannelli receberam convidados em um evento para arrecadar fundos para a instituição de Souza. O publicitário Nizan Guanaes compareceu ao almoço, que ocorreu na Casa Manioca, em São Paulo, na terça-feira (24).A empresária Lais Trajano esteve lá.

_{com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH}