Siga a folha

Descrição de chapéu Zé Celso

Iphan dá cinco dias para Grupo Silvio Santos explicar obras irregulares no Teatro Oficina

Emparedamento da fachada posterior do edifício foi realizada por funcionários da empresa do dono do SBT

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) deu cinco dias para que o Grupo Silvio Santos preste esclarecimentos sobre o fechamento dos Arcos do Beco, no fundo da sede do Teatro Oficina, na região central de São Paulo.

O emparedamento da fachada posterior do edifício foi realizada por funcionários da empresa do dono do SBT, que trava há anos uma disputa pelo terreno vizinho ao teatro. Uma escada azul de metal, que fazia a conexão entre o espaço e a área externa, também foi retirada.

Arcos do Beco do Teatro Oficina foram bloqueados com tijolos e cimento pelo Grupo Silvio Santos - Eduardo Knapp/Folhapress

Na semana passada, técnicos do Iphan, do Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) e do Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental) fizeram uma vistoria no teatro.

O laudo da visita afirma que as duas mudanças são irregulares.

O imóvel, que foi projetado por Lina Bo Bardi e Edson Elito, é tombado pelos três órgãos e, portanto, qualquer intervenção no prédio ou no seu entorno deveria ter sido autorizada por eles, o que não ocorreu.

A disputa pelo terreno no entorno do Oficina se arrasta há anos, tendo sido encabeçada por um dos maiores nomes do teatro brasileiro, Zé Celso, que morreu em julho do ano passado. Por décadas, o dramaturgo tentou transformar o terreno no parque do Rio Bexiga, um espaço público com árvores e um córrego a céu aberto em plena região central de São Paulo.

Em dezembro do ano passado, um acordo do Ministério Público de São Paulo e da Prefeitura de São Paulo tornou a criação do parque mais próxima de virar realidade.

A tratativa definiu a destinação de R$ 51 milhões para a implantação do espaço verde. A verba é proveniente de um acordo judicial com a Uninove e deve ser usada de forma prioritária para a aquisição ou desapropriação do terreno de Silvio Santos, de 11 mil metros quadrados situado entre as ruas Jaceguai, Abolição, Japurá e Santo Amaro.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas