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Governo Tarcísio inclui vídeo do MBL em material didático, depois retira do ar e abre investigação

Conteúdo estava em uma plataforma para alunos da rede estadual de ensino

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O governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) retirou do ar um conteúdo didático oferecido a alunos de instituições estaduais de ensino que continha um vídeo do MBL (Movimento Brasil Livre).

A secretaria estadual de Educação também diz que vai abrir uma investigação.

Vídeo do MBL estudantil disponibilizado para alunos; gestão Tarcísio diz que conteúdo foi retirado do ar - Reprodução

O material de língua portuguesa apresentava um vídeo originalmente publicado no YouTube do MBL estudantil sobre grêmios estudantis.

"A Secretaria da Educação informa que a referida aula foi retirada da plataforma e seu conteúdo completamente editado a fim de se adequar aos protocolos pedagógicos da rede", diz a pasta, em nota.

"Uma apuração preliminar foi instaurada para responsabilizar os envolvidos, e um novo protocolo de revisão de aulas e demais conteúdos foi estabelecido."

O conteúdo integrava o material digital oferecido a alunos da 2ª série (veja, abaixo, o vídeo disponibilizado). O vídeo, publicado em maio de 2019, fala sobre as funções do grêmios estudantis e como eles funcionam.

"Hoje, o MBL estudantil já em mais 3.000 escolas e nós já temos oito grêmios estudantis que os nosso alunos já ganharam", diz a narradora do vídeo, que se apresenta como Julia. O MBL estudantil é um braço do movimento político e foi lançado em 2018.

A secretaria de Educação é comandada por Renato Feder. No ano passado, a gestão Tarcísio abriu mão de participar do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), no qual os livros didáticos são comprados com verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, do MEC.

Além disso, decidiu que, a partir de 2024, a rede de educação paulista terá apenas conteúdo didático digital, não mais o livro impresso, a partir do 6º ano do fundamental.

Depois de uma série de críticas sobre a inviabilidade de se usar apenas o material digital e de diversos erros serem encontrados nas apostilas elaboradas pela secretaria, o governo Tarcísio anunciou o recuo e voltou a aderir ao PNLD.

Meses depois, Feder disse que sua decisão de abrir mão dos livros didáticos do governo federal foi um dos "grandes erros" de sua vida. Ele afirmou ter recuado após perceber que a medida "não era inteligente".

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