Editado por Guilherme Seto (interino), espaço traz notícias e bastidores da política. Com Danielle Brant
Disputa entre Covas e Boulos deixa bolsonaristas sem opção em SP, e candidatos descartam acenos
Apoiadores do presidente atacam Doria, padrinho de Covas, e veem Boulos como extrema-esquerda
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Em São Paulo, o fracasso de Celso Russomanno (Republicanos) deve ganhar contornos dramáticos para apoiadores do presidente. Eles dizem que Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos (PSOL) são, na visão deles, as piores opções dentre as colocadas e que não há chances de apoiar qualquer um deles.
De um lado, os bolsonaristas vivem em antagonismo radical com João Doria (PSDB), padrinho político de Covas que alimenta disputa com Bolsonaro de olho em 2022. De outro, têm profundas divergências ideológicas com Boulos.
O presidente e Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) costumam associar o PSOL à facada sofrida pelo então candidato em Juiz de Fora em 2018. Adélio Bispo, o autor, foi filiado ao PSOL, mas nunca existiu qualquer indício de relação do partido com o ataque.
"Não existe nada pior que um tucano motivado em SP", diz o deputado Gil Diniz (sem partido). Ele diz que apoiaria Márcio França (PSB) ou Arthur do Val (Patriota) contra qualquer um dos dois.
"Lamentável, surreal, preocupante. Como presidente do Movimento Conservador, farei oposição a qualquer um dos dois", diz Edson Salomão (PRTB), funcionário do gabinete de Douglas Garcia (PTB). Ele se candidatou a vereador em São Paulo, mas não foi eleito.
"Desenha-se um cenário em que teremos que escolher entre a esquerda e a extrema esquerda", afirmou Garcia em live de Salomão.
Bruno Covas disse ao Painel que não foi um bom negócio para o presidente se meter na eleição da capital paulista. "Porque ele [Bolsonaro] só fez o candidato dele afundar", afirmou o tucano, referindo-se a Russomanno. "Vamos atrás de todos os votos. O cenário do segundo turno é ponderação contra radicalismo", completou.
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