Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Força-tarefa do governo de SP recebeu 64 denúncias de vacinação irregular, 22 delas de 'revacinação'

Coordenador do grupo diz que furar fila é desrespeito à vida do próximo e que infratores serão punidos

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A força-tarefa do governo de São Paulo para investigar irregularidades na imunização contra a Covid-19 já recebeu 64 denúncias, sendo 22 de “revacinação”, ou seja, pessoas que tomaram mais doses do que o permitido. Já foram instaurados 8 procedimentos.

Coordenador do grupo, o secretário da Justiça e Cidadania, Fernando José da Costa, diz que a ideia é defender vidas.

“O fura-fila é um desrespeito à vida do próximo. Estamos investigando todos os casos de vacinação irregular e puniremos os infratores”, diz.

A discussão sobre uma dose extra de vacina contra Covid cresceu após o aparecimento da variante delta, mais contagiosa que as anteriores; foto mostra seringas descartadas na Palestina . AFP/Ahmad Gharabli - 29.ago.2021

Mais de 30 países, incluindo o Brasil, anunciaram que dariam uma dose extra de imunizante para evitar que o avanço da variante delta elevasse o número de hospitalizações e mortes . /Dado Ruvic - 31.ago.2021/Reuters

No começo de agosto, a OMS pediu que os países parassem de aplicar uma dose extra de vacina ao menos até que todos os países tivesse conseguido imunizar todos os idosos e profissionais de saúde; na foto, estudantes esperam para tomar a primeira dose em Sydney . AFP/Dean Lewins - 9.ago.2021

A argumentação da direção-geral da OMS é que grande parte do mundo ainda não tomou nem a primeira injeção contra a Covid, o que pode acelerar a pandemia; a entidade disse em 25 de agosto que, com os dados disponíveis no momento, aplicar uma dose extra é um "erro técnico, moral e político"; na foto, enfermeira marroquina em posto de vacinação em Casablanca . AFP/Fadel Senna - 9.ago.2021

Até o momento, estudos de efetividade em todo o mundo comprovaram que as vacinas reduzem novas hospitalizações e mortes e mantêm elevada essa proteção por pelo menos seis meses; na foto, Molly Ndlovu, 83, recebe uma dose de vacina no Zimbabwe . AFP/Zinyange Auntony - 3.ago.2021

Estudos indicam que a proteção contra a doença cai com o tempo após a aplicação da vacina, e médicos e cientistas passaram a estudar a necessidade de fazer um reforço de imunização, principalmente após a disseminação da variante delta; na foto, fila para vcinação em Jacarta, na Indonésia . AFP/Bay Ismoyo - 12.ago.2021

Também em pessoas que tiveram a doença, de acordo com experimentos, os anticorpos começam a se reduzir a partir de três meses após a infecção; na foto, enfermeiro prepara dose de vacina em Colombo . AFP/Ishara S. Kodikara - 14.ago.2021

No dia 31 de agosto, a OMS voltou a pedir que os países deem a terceira dose apenas a imunodeprimidos e aguardem mais estudos antes de aplicar as campanhas de reforço; na foto, enfermeira prepara dose de vacina em um cinema em Mumbai, na Índia . AFP/Punit Paranjpe - 17.ago.2021

Nos EUA, a dose de reforço será dada oito meses após a vacinação completa; a administração começa em 20 de setembro; na foto, moça segura seringa de brinquedo em Nova Orleans, nos EUA . AFP/Emily Kask - 13.ago.2021

No Brasil, o Ministério da Saúde anunciou que a terceira dose da vacina anti-Covid começará a ser aplicada em maiores de 70 anos que completaram a imunização há ao menos seis meses e em imunossuprimidos totalmente vacinados há pelo menos 21 dias; a campanha deve começar em 15 de setembro; início da aplicação da terceira dose em São Luís . /Kayo Sousa - 26.ago.2021/Divulgação

Em São Paulo, dados disponíveis até o dia 20 de agosto indicavam que a vacinação completa mantém sua eficácia contra hospitalização e morte por Covid ; na foto, vacinação na zona sul paulistana . Folhapress/Rivaldo Gomes - 16.jun.2021

O governo paulista anunciou que dará uma dose extra a todos os maiores de 60 anos que foram completamente imunizados há pelo menos seis meses. Segundo o comitê científico de SP, dados indicam que o reforço é necessário para proteger contra a delta; na foto, vacinação em Santo Amaro, em São Paulo . Folhapress/Rivaldo Gomes - 7.jul.2021

Em muitos países a dose de reforço será de uma vacina diferente da usada na imunização anterior; estudos indicam que essa prática pode ser segura e eficiente, mas ainda não são definitivos; em foto, vacinação no Bom Retiro . Folhapress/Danilo Verpa - 26.jun.2021

O Ministério da Saúde brasileiro espera concluir em outubro um estudo científico em parceria com a Universidade de Oxford, para decidir sobre o reforço para a população como um todo; na foto, estudante recebe injeção de imunizante em Lhokseumawe, na Indonesia . AFP/Azwar Ipank - 30.ago.2021

Segundo o médico e colunista da Folha Drauzio Varella, muitos dos que receberão doses de reforço talvez não necessitassem delas, mas o aumento recente do número de casos e de hospitalizações de maiores de 60 anos "não nos deixa tempo para aguardar que a ciência estabeleça consensos baseados em evidências"; na foto, monges budistas aguardam para receber vacina em Phnom Penh, Cambodja. AFP/Tang Chhin Sothy - 29.ago.2021

A OMS/Europa defendeu que uma terceira dose da vacina não é um reforço de luxo retirado de alguém que ainda está esperando pela primeira injeção; é basicamente uma forma de manter os mais vulneráveis seguros. Segundo a entidade, países devem tomar decisão com base na situação epidemiológica de seu país, no avanço da campanha de vacinação, na disponibilidade de vacinas e em evidências. Se os dados forem incompletos, deve haver transparência; na foto, israelense toma dose de reforço . /Amir Cohen - 30.ago.2021/Reuters

Em 2 de setembro, relatório do centro de controle de doenças europeu também afirmou que não há dados suficientes para justificar dose extra a não ser em pessoas com a imunidade comprometida, e que a prioridade deve ser imunização completa da população; na foto, enfermeira prepara dose de vacina em Banda Aceh, na Indonésia . AFP/Chaidder Mahyuddin - 2.set.2021

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