Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Bolsonaro acena ao agro com retomada de linhas de financiamento do BNDES
Programas de crédito estão parados desde fevereiro; setor deve ser importante para reeleição
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) acenou a lideranças do agronegócio com a retomada de linhas de financiamento do BNDES para o setor, que estão suspensas desde fevereiro. A promessa foi feita em encontro com representantes do campo na Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), na última segunda-feira (25).
Na conversa, os empresários pediram a Bolsonaro que reative programas como Moderfrota (renovação de máquinas), Moderinfra (infraestrutura), Pró-Irriga (irrigação) e PCA (construção de armazéns). Eles elogiaram a existência das linhas, mas disseram que não faz sentido estarem paradas.
O presidente afirmou que não tinha conhecimento da situação e que conversaria com o BNDES para resolver a questão. O segmento rural é um dos que apoiam Bolsonaro de maneira mais sólida em 2018 e deve ser fundamental para seu projeto de reeleição.
A assessoria do BNDES afirmou ao Painel que as operações destes programas e outros relacionados ao agro estão suspensas a princípio até a próxima sexta-feira (29), por determinação da Secretaria do Tesouro Nacional, órgão que determina o montante dos recursos disponíveis.
As linhas funcionam equalizando os juros tomados pelos produtores agrícolas junto ao setor bancário. O BNDES não informou se haverá a retomada das linhas, nem o montante destinado a elas.
Maior feira do país destinada ao setor de máquinas agrícolas, a Agrishow costuma ser palco frequente de pedidos de empresários por linhas de crédito. No último evento presencial antes da pandemia, em 2019, o governo liberou R$ 500 milhões para o Moderfrota.
A assessoria do banco afirmou ainda que, apesar do congelamento das linhas de financiamento, continua disponibilizando recursos aos produtores rurais. Um exemplo é o BNDES Crédito Rural, que aprovou até março de 2022 mais de R$ 6,8 bilhões, distribuídos em cerca de 17 mil operações.
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