Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Lula quer ex-candidato ao governo de SC e ex-ministro do Turismo diretores do Sebrae
Décio Lima e Luiz Barretto são favoritos da gestão petista; ex-deputada do PP pode continuar
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O ex-candidato ao governo de Santa Catarina Décio Lima (PT) é o favorito do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o cargo de diretor-presidente do Sebrae Nacional. Ele deve ser acompanhado por Luiz Barretto, que foi ministro do Turismo de 2008 a 2010, como diretor técnico.
Lima exerceu três mandatos consecutivos de deputado federal por Santa Catarina e, em 2022, chegou ao segundo turno das eleições para o governo do estado contra Jorginho Mello (PL), que foi eleito. Ainda assim, a performance do petista foi bem avaliada pela sigla, dada a força do antipetismo e do bolsonarismo na região.
Além dos dois, pode ser mantida a ex-deputada Margarete Coelho (PP), aliada de Ciro Nogueira e Arthur Lira, caciques do PP, como diretora de administração, cargo que assumiu em 2022.
Como revelou o Painel, o governo tem articulado pela destituição do Carlos Melles, atual diretor-presidente do Sebrae, e Bruno Quick, diretor técnico, que têm sido classificados como bolsonaristas. A tentativa de retirá-los do Sebrae se arrasta desde as eleições.
O atual governo conseguiu convocar uma reunião do conselho deliberativo nacional para quarta-feira (8), com o objetivo de destituir a atual diretoria. Para isso, são necessários os votos de 11 dos 15 conselheiros.
O principal articulador pelo governo tem sido Paulo Okamotto, que foi presidente do Sebrae entre 2003 e 2010 e é amigo próximo de Lula.
"O Sebrae precisa muito de trânsito com o governo, que quer conversar para ajudar os pequenos negócios, para acabar com dificuldades de acesso a inovação e informação. É um absurdo que dirigentes de uma instituição que tem que ensinar boas práticas para os empresários tenham uma política antigovernança, contra um ambiente saudável de negócios. Os dois diretores [Melles e Quick] têm que se tocar que precisam pegar o boné e se mandar", diz Okamotto, que defende que a diretoria seja formada por quadros alinhados ao projeto de país do atual governo.
Segundo ele, Lima hoje é o favorito do governo federal também por ter ligação forte com a causa dos empresários de pequeno porte. "Santa Catarina é um exemplo de pequenos negócios na agricultura, no comércio e na indústria. Com ele lá, queremos fazer mais e melhor", afirma.
Sobre Margarete Coelho, ele diz que ela é muito qualificada para a função e tem muitos apoiadores, inclusive no PT e outros partidos. Ela foi vice-governadora do Piauí entre 2015 e 2019, durante o governo de Wellington Dias (PT), que atualmente é ministro do Desenvolvimento Social. Além disso, diz Okamotto, ela é uma indicação forte do setor produtivo ligado à agricultura e o governo Lula respeita composições.
O Sebrae é visto pelo governo Lula como peça importante na sua interlocução com o empresariado. O petista enfatizou durante a eleição a sua atenção ao setor, apontando que as leis que criaram o MEI (microempreendedor individual) e o Simples Nacional foram editadas em seu governo.
Tradicionalmente, o Sebrae também é cobiçado pelos altos salários aos diretores (acima de R$ 50 mil), pela quantidade de cargos a distribuir e pelo caixa reforçado (mais de R$ 5 bilhões em aplicações financeiras).
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