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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Descrição de chapéu Sabesp

Câmara de SP reage à privatização da Sabesp e discute criar empresa municipal

Tarcísio de Freitas quer autorização da Assembleia de SP para desestatização ainda em 2023

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São Paulo

Em reação à tentativa do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), de privatizar a Sabesp, vereadores da Câmara Municipal de São Paulo passaram a discutir a possibilidade de criação de uma agência municipal de saneamento básico.

Após defender inicialmente que não seria necessário receber autorização dos Legislativos municipais para vender a Sabesp, o governo de São Paulo recuou e disse que aguardará a tramitação dos temas nas cidades, especialmente na capital.

Na esfera estadual, o projeto de lei foi enviado para a Assembleia Legislativa de São Paulo na terça-feira (17), com a expectativa de aprovação ainda em 2023.

Os vereadores de São Paulo têm como referência um artigo da lei municipal que, em 2009, autorizou o acordo entre a Prefeitura de São Paulo e a Sabesp. Ele diz que a relação contratual entre o município e a Sabesp está extinta caso o governo de São Paulo passe o comando da empresa para a iniciativa privada.

Diante desse cenário, três alternativas têm sido colocadas pelos vereadores: aderir ao projeto de Tarcísio e assinar novo contrato com a Sabesp após a privatização, contratar outra empresa ou criar um órgão municipal que forneça os serviços que atualmente são da estatal.

Estação de tratamento de água da Sabesp em Santo Amaro, zona sul de São Paulo - Gabriel Cabral-26.jul.19/Folhapress - Folhapress

A terceira possibilidade tem sido colocada em reuniões por Milton Leite (União Brasil), presidente da Câmara, e transformou-se em projeto de lei de autoria de Hélio Rodrigues (PT).

O texto dá autorização ao município de criar a Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento) com o objetivo de "planejar, executar e operar os serviços públicos de água e esgotos sanitários no município de São Paulo, caso o estado de São Paulo transfira o controle acionário da Sabesp à iniciativa privada".

Uma das referências de Rodrigues na confecção do projeto foi uma empresa municipal que leva o mesmo nome e atua em Campinas (SP).

Os críticos da iniciativa de Tarcísio no município afirmam que a cidade tem pouco a ganhar com a desestatização da empresa, já que a universalização do saneamento já está prevista para 2029 (prazo que o governo de São Paulo promete como atrativo para as demais cidades) e a cidade responde a 55% do faturamento da estatal, e dessa forma poderia, em tese, buscar condições melhores para si fora da negociação em bloco que a gestão estadual tenta encaminhar.

A gestão estadual, por sua vez, diz que a privatização incluirá regiões que hoje podem estar fora do contrato com a Prefeitura de São Paulo, gerará aumento de investimentos, melhoria dos serviços, possível antecipação da universalização dos serviços, ganho de eficiência e redução tarifária.

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