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Governo Tarcísio reduz PPP para construção de escolas pela metade

Meta inicial de 60 unidades escolares, estipulada em 2021, passou para 33; gestão nega se tratar de corte

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Brasília e São Paulo

A gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) decidiu reduzir o escopo de uma PPP (parceria público-privada) para construção e operação de 60 novas escolas estaduais elaborada na gestão João Doria, em 2021, que agora contará com 33 unidades escolares. Com isso, a previsão de diminuição no número de alunos contemplados é de 65 mil para 35 mil.

Em 2021, a administração Doria firmou contrato com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a realização de um estudo técnico para a construção de 60 novas escolas estaduais de ensino médio e fundamental em São Paulo. O objetivo era o de ampliar a oferta de vagas em tempo integral.

A primeira fase desses estudos foi concluída em maio de 2022. Diante da proximidade das eleições, o governo de São Paulo decidiu não realizar consulta pública naquele ano.

Governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) durante reunião com ministros alemães no Palácio dos Bandeirantes
Governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) durante reunião com ministros alemães no Palácio dos Bandeirantes - Fernando Nascimento-19.jun.2023/Governo do Estado de SP

Nos primeiros meses de 2023, o governo Tarcísio decidiu manter o programa, incluindo-o no PPI (Programa de Parceria de Investimentos) do Estado de São Paulo. No entanto, pediu ajuste no estudo ao banco público, reduzindo o alcance do programa pela metade, praticamente, e incluindo a prestação de serviço dos profissionais de apoio escolar na PPP.

A desestatização tem sido uma marca da gestão Tarcísio, que pretende privatizar empresas como a Sabesp e fazer PPPs em áreas como Fundação Casa, como mostrou o Painel.

A educação tem se apresentado como ponto crítico da administração Tarcísio. Em julho, o secretário de Educação, Renato Feder, disse que o material fornecido pelo Ministério da Educação era superficial e decidiu que as escolas estaduais deixariam o Programa Nacional do Livro Didático.

Após a identificação de diversos erros nas apostilas elaboradas pela secretaria e a constatação de que seria inviável usar somente material digital, Feder recuou e voltou a aderir ao PNLD.

Na terça-feira (17), a gestão estadual encaminhou à Alesp uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que, caso aprovada, autorizaria o governo estadual a reduzir de 30% para 25% de seus recursos no ensino público. A diferença de 5% seria destinada a ações e serviços de saúde.

Em nota, a secretaria estadual de Educação diz que não há "redução na quantidade de vagas e unidades escolares", que a PPP é uma iniciativa inédita e que, em um modelo piloto, está prevista a construção de 33 escolas. A construção das demais 27 escolas previstas no contrato de 2021 será avaliada posteriormente. Além disso, afirma que a consulta pública será aberta nas próximas semanas.

Por fim, diz que "todo aluno em idade escolar tem vaga garantida na rede estadual e a pasta possui, além deste projeto, outras iniciativas para a construção de unidades e para a ampliação de vagas de acordo com a necessidade."

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