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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Ex-secretário de Saúde critica Boulos por não condenar Hamas e deixa pré-campanha

Gorinchteyn foi responsável pelo combate à pandemia com Doria; aliados de Boulos dizem que médico caiu em fake news

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São Paulo

Secretário de Saúde do ex-governador João Doria durante a pandemia da Covid-19, Jean Gorinchteyn decidiu deixar a pré-campanha de Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo por divergir do posicionamento público do deputado federal em relação aos conflitos entre Israel e Palestina.

O médico infectologista lamentou o fato de Boulos não ter citado o grupo extremista Hamas. Aliados do psolista, por sua vez, dizem que Gorinchteyn caiu em notícias falsas disseminadas por bolsonaristas.

Cerca de mil combatentes da facção que controla a Faixa de Gaza se infiltraram por terra, mar e ar em solo vizinho no sábado (7). A ação, sem precedentes, foi acompanhada dos disparos de milhares de mísseis contra Israel. Neste domingo (8), o número de mortos dos dois lados chegou a 913.

Como revelou o Painel, Gorinchteyn vinha participando de grupo criado pelo deputado federal para discutir os problemas de Saúde na capital. Ele disse à coluna na quarta-feira (4) que Boulos "tem se mostrado uma figura muito madura, com perfil muito diferente do que apresentava anos atrás".

Jean Gorinchteyn, ex-secretário estadual de Saúde de São Paulo, durante evento no Palácio dos Bandeirantes - Zanone Fraissat-15.dez.2022/Folhapress

Procurado neste domingo (8), no entanto, o infectologista compartilhou nota em que diz que "diante da postura pró-Palestina que não menciona ou condena o grupo extremista islâmico armado Hamas pelos atentados terroristas em Israel no último sábado, que vitimaram civis e sequestraram mulheres e crianças de forma bárbara, adotei a decisão oficial de me retirar da coordenação do plano na área da Saúde na pré-campanha à Prefeitura de São Paulo liderada pelo candidato Guilherme Boulos, do PSOL".

"Nessa ação, reafirmo meu compromisso como judeu em apoio ao Estado de Israel e em respeito às vítimas e seus familiares. É imperativo condenar e repudiar ataques terroristas contra civis em qualquer lugar do mundo", completou.

Boulos divulgou nota no sábado (7) em que não menciona o Hamas, mas diz que sua defesa dos direitos do povo palestino é pública, expressou sua solidariedade às vítimas e familiares, condenou os ataques violentos a civis e que é a favor de solução pacífica e duradoura.

No texto, ele repudiou o fato de que bolsonaristas estejam utilizando uma foto de sua visita à Cisjordânia em 2018 para disseminar notícias falsas. Uma das mais disseminadas nas redes sociais no sábado foi a de que Boulos e o PSOL apoiam o Hamas.

Aliados do psolista lamentaram à coluna o que enxergam como influência da rede bolsonarista sobre Gorinchteyn, que teria sido influenciado por essas notícias inverídicas ao se afastar da pré-campanha.

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