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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Cade vê problemas em volta da mala grátis nos voos

Órgão avalia que fim da cobrança pode espantar novos concorrentes

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São Paulo

O setor aéreo virou uma fonte preocupação para o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). E não é só pelo aumento da concentração que se aproxima com o definhamento da Avianca Brasil.

O departamento de estudos econômicos do órgão preparou uma nota técnica que também vê riscos na alteração da medida provisória que abre o mercado ao capital estrangeiro.

Na última quinta-feira (25), o relator da MP incluiu no texto a volta da mala de graça em voo doméstico e a obrigação de voos regionais para empresas estrangeiras.

Alerta O Congresso deve receber nesta semana do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) um comunicado que explica o alerta dos economistas do órgão.

Redação A redação da MP alterada por senadores e deputados na quinta (25) segue para análise do plenário da Câmara. Depois, tem de ser votado no Senado até 22 de maio para não perder a validade.

Barreiras de entrada A avaliação do Cade é a de que o mercado brasileiro de aviação já tem características que propiciam a concentração: insuficiências de infraestrutura nos aeroportos e alto nível de investimento para a operação, além das barreiras legais que afastam a concorrência.

Caneta Apesar da inclusão na MP que está em vigor, a mudança na cobrança pelo despacho da mala só passa a valer depois de sanção presidencial.

Baixo custo Para o Cade, o retorno da mala de graça afastaria o interesse das empresas aéreas de baixo custo, as chamadas “low cost”, que têm manifestado desejo de entrar no mercado brasileiro.

Regional E a exigência de que empresas aéreas que venham a atuar no Brasil operem 5% de seus voos em rotas regionais também afasta investimentos estrangeiro porque as obriga a entrar em mercados que não sejam atraentes.

Vítima Após ser denunciado pelo Ministério Público Federal no Espírito Santo sob acusação de formação de quadrilha e uso de documento público falso, o presidente da Kia Motors do Brasil, José Luiz Gandini, se defende afirmando que foi vítima de fraude.

Por procuração Conforme a empresa, foram profissionais terceirizados na área tributária que usaram procurações para representar a Kia na Receita Federal e que “extrapolaram ilicitamente” os limites da contratação.

Já avisei A Kia justifica também que já havia comunicado o problema à Secretaria da Receita Federal e à Procuradoria da Fazenda Nacional.

José Luiz Gandini, presidente da Kia Motors do Brasil - Bruno Poletti - 13.dez.16/Folhapress

Fora de tom Causou estranheza em alguns setores da indústria uma mudança publicada pela Secretaria de Comércio Exterior na última semana sobre defesa comercial.

Sair na frente O órgão primeiro colocou em vigor novas regras para avaliar medidas que cancelam ou mitigam instrumentos antidumping e só depois levou o tema a consulta pública.

Contramão A decisão difere do que a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) define como boas práticas, endossadas pelo Brasil em uma resolução de dezembro. A estranheza é ainda maior por ocorrer em um governo que busca se aproximar da entidade, segundo executivos do setor.

Segunda via O desconforto não é unanimidade. “É algo positivo. Põe logo em vigor e depois se precisar corrige. Antes, levava dois anos para aprovar o antidumping e no final vinha a Fazenda e dizia que o interesse público era contrário ao aumento”, diz Fernando Figueiredo, da Abiquim (do setor químico).

Desbloquear O Brasil é o maior adepto da biometria por impressão digital, segundo a Idemia, empresa de tecnologia que entrevistou 2.800 pessoas em 11 países.

Polegar Quase 90% dos brasileiros consultados afirmaram já ter utilizado a tecnologia. No entanto, outros tipos de identificação, como facial ou por íris, são menos difundidas e ficam abaixo da média global.

Piloto agroboy 1 Todos os anos, a Embraer participa do tradicional evento do agro Agrishow com seu avião agrícola Ipanema, que já é consolidado no segmento com 60% de participação no mercado.

Piloto agroboy 2 Na edição deste ano, de 29 de abril a 3 de maio, a fabricante também vai apresentar, no aeroporto de Ribeirão Preto (SP), o jato executivo Legacy 500. Diz a Embraer que uma parte relevante de seus clientes de aviação executiva atua no agronegócio.

com Igor Utsumi e Paula Soprana

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