Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Auxílio de R$ 600 elevou valor de notas fiscais nos mercados
Número médio de itens comprados subiu de seis para dez nos dias seguintes ao pagamento, diz pesquisa
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Despensa O valor das compras no varejo de alimentos subiu nos dias seguintes à liberação do auxílio emergencial de R$ 600, em sinal de que o recurso foi usado para a aquisição de itens de primeira necessidade, segundo pesquisa da empresa de inteligência de mercado Horus com base na leitura de notas fiscais. A média saltou de um patamar em torno de R$ 35 no dia 14 de abril, quando saiu a primeira parcela, para mais de R$ 55 no dia 18 e a quantidade de produtos na sacola saiu de seis para dez.
Bolso A data em que a elevação do consumo ocorreu costuma ter desempenho inferior. Meio de mês não é período típico de alta de despesa, segundo Luiza Zacharias, sócia da Horus. O fôlego nas compras se deslocou do início do mês, quando os assalariados têm recurso disponível, para a segunda semana.
Bairro O levantamento mostra o pequeno varejo como o canal de vendas que mais sentiu a variação após o pagamento do auxílio, com alta de 10% no intervalo de 14 a 18 de abril ante o período entre os dias 3 e 13 do mês. Grandes redes e atacarejos, que têm menor presença em regiões de baixa renda, não registraram o mesmo avanço.
com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
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