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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Fundo investe para ter mais advogados negros no país

Hoje somente 11% dos advogados de grandes escritórios são negros

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São Paulo

O Fundo Esperança Garcia, iniciativa do Instituto Desvelando Oriz, e o escritório Pinheiro Neto Advogados quer capacitar mil advogados negros nos próximos cinco anos.

Segundo a Aliança Jurídica pela Equidade Racial, atualmente, somente 11% dos advogados que integram 13 dos maiores escritórios do país são negros. Em 2020, esse índice era de 1%.

Escritório Mattos Filho expande contratação de advogados negros - Divulgação

O projeto consiste em bolsas com cursos de formação para advogados que queiram atuar na "advocacia antirracista", em que serão apresentadas aulas sobre educação, saúde, esportes, consumo, mercado de trabalho e reforço sobre áreas tradicionais do direito brasileiro.

"Apoiar o Fundo Esperança Garcia e outras ações concretas que buscam uma sociedade mais igualitária não apenas é o correto, mas também o justo. O racismo estrutural representa uma das maiores injustiças presentes em nossa sociedade", afirma Renê Medrado, coordenador da Comissão de Diversidade, Equidade e Inclusão do Pinheiro Neto Advogados.

Além da capacitação, o projeto vai oferecer assistência jurídica gratuita às vítimas de crimes raciais.
A adesão ao fundo é aberta a escritórios, empresas, marcas e pessoas comprometidas com a agenda antirracista, que integra a agenda 2030 da ONU. As cotas de patrocínio vão de R$ 100 mil a R$ 500 mil.

Esperança Garcia foi uma mulher negra escravizada e reconhecida pela OAB em 2002 como a primeira advogada do Brasil. Em 1770, ela denunciou ao governador do Piauí os maus tratos e abusos cometidos contra escravos —o documento, encontrado 200 anos mais tarde, é considerado como uma das primeiras petições jurídicas do país.

Com Diego Felix

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