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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Com inflação, bacalhau de Páscoa vira tilápia

Pescado e azeite, itens tradicionais à mesa na Semana Santa, acumulam alta de quase 50% nos últimos 12 meses

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Brasília

Vai ser difícil dessalgar o bacalhau para o almoço de Páscoa deste ano. Os dois principais ingredientes, o azeite e o bacalhau, estão com preços proibitivos.

O azeite acumulou alta de 45,62% nos últimos 12 meses, de acordo com o IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

Se comparado aos 3% de inflação média no período, este pode ser considerado o item com maior variação no período.

Estande do bacalhau no Mercadão Municipal de São Paulo - 22.dez.2023-Danilo Verpa/Folhapress

"A explicação desse aumento recai em fatores climáticos, não só no Brasil, mas também nas áreas produtoras de azeite na Europa, em função de uma seca muito grande, que causou uma queda de oferta e subiu o preço do produto no mundo inteiro", diz Guilherme Moreira, coordenador do IPC-Fipe.

Já no caso do bacalhau, o que explica o preço alto é a sazonalidade. No entanto, Moreira considera que o pescado poderia estar ainda mais caro, algo que não ocorre porque os consumidores já estão preferindo peixes mais baratos, como a tilápia.

"O aumento generalizado de preços de alimentos nesse começo de ano afetou o poder de compra do consumidor. Considerando que o bacalhau é um peixe nobre, pode estar havendo uma substituição para outros peixes mais baratos, segurando assim um pouco esses aumentos", disse.

Com Diego Felix

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