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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Descrição de chapéu Banco Central

Governo espera saída de Campos Neto para redução de compulsório

Medida deixaria mais dinheiro circulando e seria destinado para financiamentos habitacionais

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Brasília

O governo aguarda a saída do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para buscar uma redução de até 5% dos depósitos compulsórios dos bancos, algo que poderia garantir cerca de R$ 40 bilhões aos financiamentos imobiliários.

Hoje, as instituições financeiras são obrigadas a direcionar 20% dos depósitos como reserva ao BC, o chamado compulsório. A ideia é que esse índice caia para 15% e ajude a compensar os saques da poupança, que junto com o FGTS, são o carro-chefe dos recursos que lastreiam o crédito imobiliário.

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central - Agência Brasil

Para ser levada adiante, a medida precisa passar pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), formado pelos ministros da Fazenda e do Planejamento, além do presidente do BC. Depois, tem de ser aprovado pelo colegiado da autarquia.

Os recursos que ficarem no caixa dos bancos seriam vestidos para lastrear financiamentos imobiliários.

A preocupação atual é de que, com esse volume de recursos livres na economia, possa haver pressão sobre a inflação, o que deixaria o BC ainda mais conservador na política de juros.

Esse é o principal motivo que deixa os principais bancos descrentes. A avaliação é de que, independente do sucessor de Campos Neto, o cenário fiscal pressiona o BC para manter o rigor da política monetária.

Na outra ponta, existe a preocupação de que, em 2025, falte dinheiro não só para erguer novos empreendimentos como para vendê-lo por meio de empréstimos ao consumidor final.

A Caixa, que vem batendo recordes no financiamento imobiliário, quer que o Ministério da Fazenda libere operações de funding (levantamento de recursos junto ao mercado) via títulos emitidos com garantia da própria carteira de financiamentos, o chamado mercado secundário.

Com os saques da poupança e das contas do FGTS, o banco público, que concentra mais de 70% do crédito imobiliário, e as demais instituições estão mais restritivos.

Na avaliação da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), essas ferramentas de captação de recursos ajudam, mas não devem substituir a poupança.

Com Diego Felix

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