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Presidente nacional da Cufa, fundador do Laboratório de Inovação Social e membro da Frente Nacional Antirracista.

Inclusão e diversidade nas empresas

Não existe falar de combater a desigualdade sem promover efetivamente a diversidade

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Faço parte de alguns conselhos, que vão desde bancos, federação de indústria, empresas de telefonia e aviação, só para citar alguns, e tenho dialogado com CEOs de outras áreas; tenho observado que existe um esforço real em andamento, embora ainda muito desencontrado e sem muito aprofundamento das questões mais complexas.

Escritório Mattos Filho expande contratação de advogados negros - Divulgação


Em primeiro lugar é necessário posicionar as questões de inclusão e diversidade numa atmosfera econômica, para nem cair na pegadinha de pensar que está fazendo benfeitoria, pois se trata de posicionamento das empresas/marcas no mercado, onde inclusão e diversidade adicionam pontos relevantes para a performance das corporações.


O impacto econômico dos grupos minorizados corresponde a 72% do poder de consumo, o que equivale a dizer que a cada R$ 100, R$ 72 vêm do bolso desse grupo.


Trago aqui alguns números obtidos pela mais recente pesquisa do Instituto Locomotiva, sobre o risco da não inclusão e da falta de diversidade nas organizações.


Nessa pesquisa, 74% dos entrevistados acham que as empresas têm, sim, um papel fundamental na agenda de diversidade e inclusão.


Outra questão interessantíssima é que, mesmo entre o público mais conservador, na faixa de idade de 60 anos ou mais, 66% apoiam a agenda. Os evangélicos são 68% e protestantes, 54%.


A respeito de posicionamento, 54% dos entrevistados declararam que as marcas devem, sim, se posicionar sobre o tema. Inclusive, dentre aqueles públicos que apoiam a agenda, são os mais jovens, trabalhadores formais, a classe C e indivíduos que se identificam com os grupos negros, mulheres e LGBTQIAP+ que tendem a valorizar mais o posicionamento das marcas em relação à diversidade.


Na área da empregabilidade em relação à agenda da diversidade no ambiente interno, cerca de 8 em cada 10 respondentes acharam importante que empresas e marcas apoiem a diversidade entre seus funcionários, indicando a relevância de se posicionarem como marcas empregadoras quando o tema é diversidade.


Estes e outros dados fazem parte da pesquisa do Instituto Locomotiva para a empresa IO Diversidade. Eles dão um rumo bastante elucidativo e desmistificam temas, desfazendo estigmas e indo além dos estereótipos para construir novos paradigmas de abordagem e entendimento que podem orientar as empresas.


Diante de tantos indicadores de desigualdade, ter empresas e marcas engajadas nessa agenda é fundamental, porque não existe falar de combater a desigualdade sem promover efetivamente a diversidade.

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