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Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

Uma peça muda tudo em Flamengo e Corinthians

Time alvinegro faz partidas seguras e se mantém vivo nas três grandes competições

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O Corinthians escalou Piton como ponta esquerda, para marcar Rodinei. Num piscar de olhos, poderia fazer a mudança de posicionamento e formar linha de cinco defensores. Vítor Pereira não fez isso, não repetiu a estratégia usada contra o Boca Juniors, na Bombonera.

Havia grande diferença entre as duas partidas: o Corinthians renasceu em Buenos Aires. A classificação contra o Boca, com time cheio de desfalques, só ofereceria chance sabendo defender-se.

Corinthians aplaude a torcida e comemora vitória contra o Flamengo neste domingo (10) na Neo Química Arena - Carla Carniel - 10.jul.22/Reuters

Contra o Flamengo, com retornos de Ádson e Mosquito, Piton pôde jogar como ponta.

O sistema só virou 5-4-1 depois da entrada de Bruno Melo, no lugar de Giuliano, aos 19 do segundo tempo. Antes, o 4-3-3 do treinador português controlou os primeiros vinte minutos do clássico contra o Flamengo, até o meio de campo rubro-negro reagir.

Dorival Júnior faz, na Gávea, uma surpreendente volta no tempo. Escalou De Arrascaeta na parte ofensiva de um losango de meio de campo, que andava desaparecido do cardápio de estratégias do Brasil.

O técnico do Flamengo repetiu a tática contra o Corinthians, com um meio de campo composto por Thiago Maia, como primeiro volante, João Gomes e Victor Hugo como segundo e terceiro homens, Matheus França como ponta-de-lança.

A grande dúvida é se o velho losango não ficará frouxo em jogos mais competitivos, contra equipes mais fortes, como o Atlético-MG, quarta-feira (13), pela Copa do Brasil.

Contra o Corinthians, o meio de campo se fortaleceu depois dos vinte minutos do primeiro tempo e o Flamengo poderia abrir o marcador, em bola na trave chutada por Vitinho. Também teria mais chance no jogo, não fosse o vacilo de Rodinei, que marcou contra, após cruzamento de Mosquito.

O losango é uma resposta criativa de Dorival Júnior, assim como Fernando Diniz surpreende treinadores que não conhecem seu estilo, fazendo superioridade numérica no setor onde está a bola.

Depois do gol do Corinthians, Dorival Júnior abriu Gabigol na ponta esquerda, substituiu Matheus França por Pedro e montou um 4-3-3. Errou e perdeu o jogo. O Corinthians teve chance em cobrança de falta de Roger Guedes e o rubro-negro pressionou menos.

Mudança de posicionamento do Corinthians - Editoria de Arte

Hoje, não parece provável o Flamengo brigar pelo título brasileiro. Seu campeonato segue sendo o virtual, aquele em que se imaginava um triangular pela taça, disputada por Atlético, Flamengo e Palmeiras.

O Corinthians segue em seu campeonato, o real. Nele, é difícil acreditar em troféu, mas, rodada após rodada, demonstra não ser uma vaca em cima de uma árvore —não se sabe como chegou, mas tem certeza de que vai cair.

Diferentemente disso, faz partidas seguras e se mantém vivo nas três grandes competições. Está na briga pelo título e vaga na próxima Libertadores, pelo Brasileiro, classificou-se para as quartas da Libertadores, está prestes a se garantir entre os oito melhores da Copa do Brasil.

Vítor Pereira faz variações táticas com os mesmos jogadores e basta mexer nos posicionamentos de Piton, Fábio Santos e, eventualmente, escalar Bruno Melo.

Dorival Júnior tem um Flamengo em reforma. Grande atuação, contra o Tolima, outras medianas, como em Itaquera. Mais fácil acreditar em sucesso nos mata-matas do que no Brasileiro.

Diretor técnico

O Conselho Gestor do Santos já se reuniu duas vezes, depois da eliminação contra o Deportivo Táchira. O presidente Andrés Rueda prefere escolher primeiro o diretor técnico, depois o treinador. Não pode demorar muito. O Santos precisa reagir rapidamente.

Brasil feminino

Começou bem para a seleção brasileira a primeira Copa América sem Marta. O Brasil goleou a Argentina por 4 x 0, com destaque para Tamires e Bia Zanerato. Pia Sundhage garante que em três anos o time será brilhante. É urgente a reação. As europeias estão bem mais fortes.

O pior líder

O empate em Fortaleza foi até bom para o líder, Palmeiras, levando em conta outros resultados da rodada. Mas a pontuação é a pior de um líder em Brasileiros com vinte clubes na 16ª rodada. Não é culpa do líder, mas da maratona de jogos que castiga o Palmeiras.

Competitivo

Levando em conta os cinco desfalques, o São Paulo foi bastante competitivo conta o Atlético, no Mineirão. Rogério Ceni perde jogadores e, contraponto, faz jogadores entenderem múltiplas funções. Como Rafinha, fazendo saída de três homens.

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