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Formado em jornalismo, começou a escrever na Folha em 2001. Passou por diversas editorias no jornal e atualmente assina o blog Copo Cheio, sobre o cenário cervejeiro, e uma coluna em Esporte

Descrição de chapéu Campeonato Brasileiro

Três rounds que vão decidir o título para o Palmeiras (ou não)

"Cabeça fria, e o resto também" deve ser o lema do professor Abel nos próximos dias

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Faltam 17 rounds para o fim do Campeonato Brasileiro, o que matematicamente significa que cada time vai disputar ainda 51 pontos —o Palmeiras lidera atualmente com 45.

Mas se por um lado a matemática é uma ciência exata, por outro ela é uma canalha, e está a serviço de todos os times para fáceis manipulações. Por exemplo, a matemática diz que o intrépido Fortaleza ainda pode ser campeão. A conta é fácil, é só ganhar 16 dos 17 jogos restantes (pode até perder para o Palmeiras, para dar emoção) e torcer por empate em todas as outras partidas dos times no top 10 da tabela —já fiz no simulador, dá certo. E a chance de acontecer deve ser mais ou menos a mesma que a Mega-Sena sortear os números 1, 2, 3, 4, 5 e 6.

Baseado na mesma matemática, um estatístico pontuou recentemente que Fluminense (3º) e Flamengo (5º) têm mais chances de título que o vice-líder Corinthians.

Português Abel Ferreira gesticula durante partida em que o Palmeiras eliminou o Atlético-MG, pelas quartas da Libertadores, em São Paulo - Miguel Schincariol - 10.ago.22/AFP

Mas deixando rapidamente a frieza dos números de lado, o Palmeiras pode encaminhar o título do Campeonato Brasileiro nos três próximos rounds (...ou não), quando enfrentará justamente Corinthians (fora), Flamengo (casa) e Fluminense (fora). Todos estes duelos valem três pontos, e todos serão chamados de "jogo de seis pontos" ao longo dos próximos dias.

São três partidas que, espalhadas pela tabela, poderiam ser três derrotas sem nenhuma crise. Porém, uma do ladinho da outra poderiam significar a perda da liderança para Corinthians, Fluminense ou Flamengo, ou para os três.

Neste metaverso futebolístico, em menos de 20 dias, o Palmeiras cairia de líder e favorito absoluto ao título para o quarto lugar, o que acarretaria crise com Abel Ferreira, torcida pichando muro, internet gritando "fora, Leila", Bolsonaro usando a camisa do Flamengo ou do Corinthians e Coldplay cancelando shows no Allianz Parque. Ou seja, o caos.

Por outro lado, imagine o alviverde vencendo os três rivais… Já poderia encomendar a faixa e preparar festejos em Brasil e Portugal. A diferença para o vice-líder seria ampliada, Fla e Flu ficariam mais fora do radar na disputa, Abel Ferreira seria cotado para algum time da Premier League, Leila venceria Bolsonaro e Lula no primeiro turno e Coldplay faria um show extra pelo título, rebatizando a música "Yellow" como "Green".

O mais provável é que não aconteça nem uma coisa, nem outra.

"Cabeça fria, e o resto também" deve ser o lema do professor Abel nos próximos dias. Mais do que qualquer outra característica em seu trabalho, o querido Abel é extremamente pragmático. Se pudesse assinar agora, tudo que ele gostaria seria continuar com seis pontos à frente do Corinthians e nove do Flamengo ao fim dos três jogos, o que nem lhe renderia o título (ainda), nem causaria dano.

Os palmeirenses pessimistas certamente se lembram do anormal campeonato de 2009, quando o Flamengo arrancou para o título ao tirar dez pontos de desvantagem para o alviverde nas 11 rodadas finais —os flamenguistas também lembram, e têm mais tempo, mais time e menos pontos atrás desta vez.

Fim de uma era

Maior vencedora de Grand Slams da era aberta do tênis, Serena Williams marcou a aposentadoria para o Aberto dos EUA, que começa no final de agosto. Aos 40 anos, a tenista, que tem uma filha, declarou que quer aumentar a família, mas que não é homem. "Se eu fosse homem, não estaria escrevendo isso porque estaria jogando e vencendo enquanto minha esposa estivesse tendo o trabalho físico de expandir a nossa família. Talvez eu fosse mais um Tom Brady se eu tivesse essa oportunidade." Voltarei ao tema antes do Aberto.

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