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A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

Descrição de chapéu China alimentação

China pisa no freio na carne, mas demanda sobe em outros países

Compensação da queda nas exportações vêm do Oriente Médio e da própria Ásia

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O Brasil volta a produzir recorde de carnes suína e de frango neste ano, o mesmo devendo ocorrer em 2025.

Boa parte dessa proteína é exportada, e uma das grandes preocupações fica por conta da China, a número um na lista dos países importadores.

Venda de carnes em um açougue do Mercado Municipal de São Paulo - Folhapress

Reduzidos os efeitos da peste suína africana, que mudou o quadro de produção dos chineses nos últimos anos, o país asiático busca obter autonomia na oferta interna e reduzir as importações.

Foi o que ocorreu no primeiro semestre deste ano. A China comprou apenas 128 mil toneladas de carne suína do Brasil, um volume 40% inferior ao de igual período do ano passado.

O mesmo ocorre com a carne de frango. As importações do país asiático recuaram para 276 mil toneladas no mercado brasileiro, 29% a menos do que de janeiro a junho de 2023.

As preocupações, no entanto, se dissipam. Outros países da Ásia e os do Oriente Médio estão compensando a redução de compras da China.

Nos seis primeiros meses deste ano, os países do Oriente Médio compraram 832 mil toneladas de carne de frango do Brasil, 110 mil a mais do que em 2023. A China comprou 114 mil a menos no mesmo período.

Na carne suína, boa parte da substituição ocorre na própria Ásia. O Vietnã aumentou em 223% as compras do Brasil; o Japão, em 107%, e as Filipinas, em 65%.

Fora do continente asiático, um dos destaques fica por conta dos Estados Unidos, que elevaram em 223% as importações da proteína brasileira no primeiro semestre.

A produção brasileira de carne suína deverá atingir o recorde de 5,2 milhões de toneladas neste ano, com exportações de 1,33 milhão, conforme estimativas da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal).

A oferta interna de carne de frango, também recorde, deverá chegar a 15,1 milhões de toneladas, e as exportações sobem para 5,25 milhões, após o recorde de 5,14 milhões no ano passado.

Diante desse quadro de produção e de exportação, a ABPA prevê um consumo nacional per capita de 45 kg de carne de frango e de 18 kg para a suína no ano.

O setor de avicultura tem, no entanto, um problema para ser resolvido a curto prazo. O reaparecimento da doença de Newcastle no Rio Grande do Sul forçou o país a suspender as exportações de carne de frango a vários países.

Alguns, como China, Argentina, México e Macedônia do Norte, interromperam as compras de todo o país. Cinco bloquearam as importações dos gaúchos e outros estão com restrição de compras da área afetada pela doença.

O setor vai ter de redirecionar pelo menos 60 mil toneladas para outros mercados. Os impactos maiores vêm da China e do México.

O processo de eliminação da doença já foi concluído. Agora será feito um acompanhamento para a certificação de que não haverá reincidência da doença.

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