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Coluna assinada por Walter Porto, editor de Livros.

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Clássicos Zahar passa a investir em brasileiros como Machado de Assis

Coleção que apostava em escritores estrangeiros fundamentais agora se volta a obras nacionais

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Uma das mais tradicionais coleções em atividade no mercado literário, a Clássicos Zahar passa a investir em obras basilares de autores brasileiros.

O selo, cujo marco de estreia foi a "Alice" de Lewis Carroll em 2010, ficou conhecido por publicar biblioteca estrangeira fundamental como Mark Twain, Herman Melville e Charlotte Brontë, para ficar em três recentes. Agora se volta aos clássicos nacionais.

O pontapé inicial será em julho com "Memórias Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis. A coleção, que sempre teve textos de apoio de primeira linha como chamariz, trará uma introdução de Geovani Martins, autor de "Via Ápia" e "O Sol na Cabeça", e posfácio de Flora Thomson-DeVeaux, pesquisadora da literatura machadiana e tradutora recente do livro ao inglês.

Em seguida, vem "Recordações do Escrivão Isaías Caminha", de outro autor negro essencial, Lima Barreto. Dessa vez os aparatos serão da historiadora Ana Flávia Magalhães Pinto, hoje diretora do Arquivo Nacional, e do pesquisador Felipe Botelho Corrêa. Também estão confirmadas edições de "O Mulato", de Aluísio Azevedo, e "Lucíola" e "Senhora", de José de Alencar.

Não é a primeira vez que a Clássicos Zahar publica um escritor brasileiro —houve uma edição de "O Ateneu", de Raul Pompeia, por exemplo—, mas só agora o selo se propõe a fazer isso de forma sistemática com um projeto editorial robusto, esclarece Ricardo Teperman, publisher da casa.

"A ideia é revisitar clássicos a partir de debates contemporâneos, de maneira que questões como a racial, queer, decolonial informem essa literatura sem sobrepor à complexidade do romance", afirma ele.

Ilustração de Luísa Zardo para a capa de 'Pó de Parede', livro de estreia de Carol Bensimon que está sendo reeditado com novos aparatos pela Dublinense - Luísa Zardo/Divulgação

TORTUOSAS TRILHAS A socióloga Angela Alonso está dando os retoques finais em seu próximo livro, "Treze", que sai em junho pela Companhia das Letras. O título do livro é propositadamente dúbio —a ideia é se referir tanto ao balanço dos dez anos das manifestações de 2013 quanto ao número do Partido dos Trabalhadores, já que o livro discutirá a relação dos governos Lula e Dilma com os movimentos sociais, especialidade da autora.

FEL, MOLÉSTIA, CRIMEBernardo Kucinski lança, pela Alameda, o livro "O Congresso dos Desaparecidos" num debate com Márcio Seligmann-Silva no Teatro da Universidade de São Paulo no próximo domingo, dia 7. O autor do fundamental "K. - Relato de uma Busca" se volta novamente, pela ficção, aos opositores vitimados pela ditadura.

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