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Memórias do líder indígena Raoni sairão em livro pela Companhia das Letras

Cacique trabalha com o antropólogo Fernando Niemeyer em mais de 80 horas de entrevistas transcritas

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O líder indígena Raoni Metuktire trabalha num livro de memórias de grande escala, planejado para sair no começo de 2024 pela Companhia das Letras.

homem indígena grisalho olha para a câmera com cocar
O líder indígena Raoni, poucos dias antes de subir a rampa na posse do presidente Lula - Pedro Ladeira/Folhapress

Foram mais de 80 horas de entrevistas com o cacique de mais de 90 anos na língua do povo kayapó, que estão sendo transcritas e traduzidas ao português em parceria com outros intelectuais de povos originários, num trabalho coordenado pelo antropólogo Fernando Niemeyer.

O livro abarcará desde contos míticos e experiências xamânicas de Raoni até sua narrativa biográfica. O leitor conhecerá desde sua infância e juventude, antes do contato com povos ocidentais, até sua participação central na luta pela demarcação de terras indígenas, que consolidou um reconhecimento mundial que culminou na subida da rampa do Palácio do Planalto na posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

É um projeto realizado em parceria com o Instituto Socioambiental, o Instituto Sociedade População e Natureza e o Instituto Raoni, que vem na esteira de parcerias semelhantes de sucesso como a entre Davi Kopenawa e Bruce Albert, que culminou no emblemático "A Queda do Céu" e no novo "O Espírito da Floresta".

A mesma Companhia publicou os dois e transformou a trilogia de coletâneas de Ailton Krenak, que começou com "Ideias para Adiar o Fim do Mundo", em um tremendo sucesso comercial. Agora, pela primeira vez Raoni também trará os registros de sua experiência em um livro de fôlego de uma editora brasileira de grande circulação.

ilustração de floresta multicolorida com menina entrando em porta em árvore
Bruno Nunes ilustrou o infantil 'O Quintal da Minha Casa', que Fernando Nuno publicou pela Companhia das Letrinhas e está prestes a sair em francês pelas Éditions Milan - Bruno Nunes/Divulgação

APAIXONADAMENTE O romance "O Beijo do Rio", de Stefano Volp, vai virar filme. O próprio autor trabalha na adaptação ao lado do roteirista Guilherme Quintella, da série "Sintonia", e a obra será dirigida por Aly Muritiba, do elogiado "Deserto Particular". A produtora Boutique Filmes foi a responsável por comprar os direitos de adaptação do livro, sobre um garoto que descobre que seu melhor amigo foi envenenado enquanto fazia uma versão gay de "Romeu e Julieta" no teatro.

IMPÁVIDO Volp está em alta, aliás, já que a editora Galera Record acaba de anunciar para maio o relançamento de seu romance young adult "Nunca Vi a Chuva", originalmente autopublicado pelo autor.

TRANQUILA Outro investimento do Grupo Record no filão de jovens está em "Enquanto Houver Limoeiros", estreia badalada da canadense descendente de sírios Zoulfa Katouh, um romance ambientado na guerra civil da Síria. Sai pelo selo Verus ainda este mês.

INFALÍVEL A Feira do Livro da Unesp volta a ter edição presencial nesta semana pela primeira vez desde a pandemia. O evento acontece de 12 a 16 de abril no campus da universidade em São Paulo, na Barra Funda, oferecendo no mínimo 50% de desconto em livros.

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