Mortes: A mente irrequieta que disseminou a arte no Brasil
Evelyn Ioschpe lutou pela difusão da educação e da arte no país
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A inquietude da artista mestre em envolver as pessoas no mundo que achava bonito se revelava na intensidade e energia com as quais comandava a sua vida, desprendida de valores materiais e voltada a disseminar a sua paixão pela arte.
Assim Evelyn Ioschpe se tornou personalidade importante na luta pela difusão da educação e da arte no Brasil. Seu olhar humano permitiu o casamento entre duas paixões: arte e terceiro setor.
Referência na área, Evelyn fundou duas instituições importantes para a formação de jovens carentes e para a capacitação de professores: o Instituto Arte na Escola e a Fundação Ioschpe.
O namoro com a arte começou em Porto Alegre (RS), onde nasceu. Lá, foi a primeira mulher a gerir o Museu de Arte do Rio Grande do Sul. Em 1995, mudou-se para São Paulo.
"Minha mãe tinha uma mente irrequieta e a necessidade de fazer coisas diferentes, aprender e ter novas experiências. Era cheia de energia positiva, otimista, perfeccionista e muito trabalhadora. De espírito público, estava feliz por ter conseguido unir o ensino à arte com foco na população menos favorecida. Ela tinha visão clara de que as coisas mais importantes da vida não eram as materiais", diz o filho, o empresário Gustavo Ioschpe, 42.
No meio de sua história, que deixou marcas importantes na cultura, na arte e na educação, veio o diagnóstico de câncer no ovário, já em estágio avançado. "Ela nunca perdeu a esperança, mesmo sabendo que tinha meses de vida", afirma o filho.
Evelyn Ioschpe morreu no dia 24 de novembro, aos 71 anos. Deixa o esposo, dois filhos e seis netos.
coluna.obituario@grupofolha.com.br
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