“Uma pessoa que não lê jornal não é uma pessoa inteligente.” A frase é do economista José Geraldo Evangelista Filho, que criou o hábito da leitura de notícias na família.
Paulista de Lorena (198 km de SP), herdou do pai o gosto pela leitura e escrita, além do nome.
Professor, historiador, geógrafo e escritor, seu pai ocupou a cadeira número 37 da Academia Paulista de História e hoje dá nome a uma rua do município de Guaratinguetá (187 km de SP).
Seguindo a tradição que começou com ele, José era leitor assíduo da Folha, há mais de 40 anos. “Mesmo acamado, diariamente, pela manhã, tinha o hábito de ler o jornal inteiro. Era a primeira coisa que fazia no dia”, conta a esposa, a professora aposentada Rosely De Rossi Evangelista, 69.
Às vezes, ligava o computador e redigia artigos sobre o conteúdo. O tema preferido era política. Os textos ficavam restritos à família, em respeito à sua vontade.
José foi um grande incentivador da formação profissional dos filhos. “Ele os levava até a porta da faculdade todo dia por acreditar que era uma forma de incentivo. Com os filhos em casa, ficava horas trancado no escritório dando conselhos sobre as carreiras escolhidas”, diz Evangelista.
Com o neto de três anos não era diferente: os dois estudavam inglês juntos. A paixão pelo menino foi um capítulo à parte.
“A afinidade deles era muito grande. Foi uma relação de pai, avô, amigo, professor. Viveram o amor intensamente”, diz a filha, a psicóloga Giselle De Rossi Evangelista, 37.
José Geraldo Evangelista Filho morreu dia 4 de novembro, aos 69 anos, de infarto. Deixa a esposa, dois filhos e um neto.
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