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OMS chama atenção para 'iminente catástrofe de saúde pública' em Gaza

Porta-voz da ONU afirmou que há risco de mortes de bebês devido à desidratação

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Emma Farge Gabrielle Tétrault-Farber
Genebra | Reuters

Uma "catástrofe de saúde pública" é iminente em Gaza, afirmou a OMS (Organização Mundial da Saúde) nesta terça-feira (31), em meio à superlotação, deslocamento em massa e danos à infraestrutura de água e saneamento do local.

O porta-voz da organização, Christian Lindmeier, alertou para o risco de mortes de civis não diretamente relacionadas aos bombardeios israelenses.

"É uma iminente catástrofe de saúde pública que se avizinha com o deslocamento em massa, a superlotação, os danos à infraestrutura de água e saneamento", disse Lindmeier.

Pessoas se reúnem em torno de corpos de palestinos mortos em ataques aéreos israelenses no hospital Ahli Arab, no centro de Gaza - Dawood Nemer - 17.out.2023/AFP

As autoridades de saúde de Gaza afirmam que mais de 8.300 palestinos foram mortos desde que Israel iniciou os ataques aéreos no enclave controlado pelo Hamas em resposta aos ataques de 7 de outubro, quando o Hamas matou 1.400 pessoas em Israel e fez mais de 200 reféns.

As forças militares israelenses iniciaram operações terrestres em Gaza na semana passada.

Questionado se as pessoas estavam morrendo de complicações diferentes das causadas pelos bombardeios, Lindmeier disse: "De fato estão".

Um porta-voz da agência da ONU (Organização das Nações Unidas) para crianças, James Elder, alertou para o risco de mortes de bebês devido à desidratação, com a produção de água em 5% dos níveis normais.

"Então, mortes de crianças por desidratação, especialmente mortes de bebês por desidratação, são uma ameaça crescente", afirmou ele, acrescentando que as crianças estavam ficando doentes ao beber água salgada.

Cerca de 940 crianças estão desaparecidas em Gaza, disse, com algumas delas presumivelmente presas sob os escombros.

O escritório humanitário da ONU pontuou em comunicado que o fornecimento de água para o sul de Gaza foi interrompido em 30 de outubro "por razões desconhecidas".

Lindmeier pediu que o combustível seja permitido em Gaza para possibilitar que uma planta de dessalinização opere. Israel bloqueou a Faixa de Gaza e se recusa a permitir a entrada de suprimentos de combustível, alegando que poderiam ser usados pelo Hamas para fins militares.

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