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Dona da Crefisa vai à Justiça contra diretoria do Palmeiras

Leila Pereira quer R$ 300 mil de três vice-presidentes do clube por danos morais

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Leila foi à Justiça contra vices do Palmeiras - Newton Menezes/Futura Press/Folhapress

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São Paulo

A empresária Leila Pereira pede na Justiça uma indenização de R$ 300 mil de três vice-presidentes do Palmeiras: Genaro Marino, Victor Fruges e José Carlos Tomaselli.

Na ação, aberta na semana passada e à qual a Folha teve acesso, a dona da Crefisa, patrocinadora do clube, diz que os dirigentes "passaram a promover ofensas e imputações difamatórias contra ela, acusaram de 'coagir' o Palmeiras com o 'revólver do poder econômico', bem como de promover chantagem".

Leila se refere a uma nota de repúdio divulgada pelos três vices após entrevista da empresária ao blog do jornalista Eduardo Ohata, no UOL.

Na ocasião, a empresária disse que poderia não renovar o patrocínio da Crefisa com o clube caso fossem eleitas "pessoas que estão atacando violentamente o patrocinador", sem mencionar nomes.

Os três vices, na sequência, divulgaram uma nota de repúdio, onde mencionaram os temas que Leila agora contesta na Justiça. Também disseram que o Palmeiras "é maior do que preferências individuais, amigos ou inimigos".

Além de R$ 100 mil de cada vice por danos morais, Leila quer que seja retirada do ar a nota de repúdio nos sites noticiosos que a divulgaram.

Em uma decisão inicial, o juiz Miguel Ferrari Júnior pediu que os réus sejam citados e apresentem contestação.

Genaro, Fruges e Tomaselli hoje estão distantes politicamente do presidente Mauricio Galiotte, que não fala publicamente sobre o tema.

Primeiro vice-presidente do clube, Genaro Marino confirmou à Folha que já sabe sobre a existência do processo movido por Leila.

“Me comunicaram já que é um processo sobre perdas e danos, preciso me inteirar sobre o que é”, disse Marino.

Atualmente, o Palmeiras possui quatro vice-presidentes. Apenas Jesse Ribeiro, segundo vice, segue próximo a Galiotte.

Procurado, o presidente do time alviverde disse que não se pronunciará sobre a briga da patrocinadora com a alta cúpula da diretoria palmeirense.

A reportagem também tentou contato com Fruges e Tomaselli, mas não conseguiu até a publicação do texto.

Conselheira mais votada da história do clube, Leila vem tendo diversas brigas políticas dentro do Palmeiras. 

Em abril, por exemplo, a empresária viu o COF (Conselho de Orientação Fiscal) contestar os novos contratos de patrocínio da Crefisa com o Palmeiras.

O órgão queria que os acordos, que vão fazer a agremiação alviverde quitar os cerca de R$ 120 milhões pagos pela patrocinadora por reforços, fossem desfeitos pelo presidente Mauricio Galiotte.

As alterações contratuais mudaram a forma como a Crefisa contabiliza os aportes que faz no clube para a contratação dos jogadores após a prática anterior ser condenada pela Receita Federal, que pediu restituição de R$ 45 milhões.

As empresas de Leila pagam R$ 82 milhões por ano para estampar suas marcas —além da Crefisa, a FAM (Faculdade das Américas)— nos uniformes do clube.

Em entrevista à Folha em maio, Leila disse que há machismo de parte de seus opositores no Palmeiras.

"Quando entrei no Palmeiras, não tinha esse problema, essa discriminação. Mas hoje eu tenho uma visibilidade muito grande em virtude desse patrocínio. Eu pago três vezes mais do que um patrocínio normal pagaria por um clube da grandeza do Palmeiras. Isso causa muita inveja", disse Leila.

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