Brasil vai a Paris com 276 atletas; delegação tem maioria de mulheres e é menor que a de Tóquio-2020
Comitê Olímpico Brasileiro não descarta que, pela primeira vez, mulheres ganhem mais medalhas do que os homens
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O Brasil terá uma delegação majoritariamente feminina nos Jogos Olímpicos de Paris. É a primeira vez na história em que isso acontece. São 153 atletas mulheres entre 276 convocados para as Olimpíadas (55% —em Tóquio-2020, foram 47%).
A delegação brasileira tinha inicialmente 277 atletas, mas o maratonista Daniel Nascimento testou positivo em exame antidoping surpresa e foi excluído das Olimpíadas.
A conquista de vagas em esportes coletivos na categoria feminina, como futebol, vôlei, handebol e rúgbi, foi determinante para que as mulheres fossem maioria na delegação brasileira. Entre os homens, o país será representando no vôlei e no basquete.
Em números absolutos, no entanto, a delegação deste ano é menor do que a de Tóquio-2020 (301) e que a do Rio de Janeiro-2016.
Paris-2024 é a primeira Olimpíada a ter igualdade de gênero em relação aos atletas participantes: foram 10.500 vagas preenchidas por 5.250 mulheres e 5.250 homens.
Para o COB (Comitê Olímpico Brasileiro), também é possível que nesta edição dos Jogos as mulheres conquistem mais medalhas do que os homens, repetindo o que aconteceu nos Jogos Pan-Americanos Santiago 2023.
No Chile, as mulheres conquistaram 95 medalhas, sendo 33 ouros, 32 pratas e 30 bronzes, enquanto os homens ganharam 92, das quais 30 de ouro, 33 de prata e 29 de bronze.
"A chance de acontecer isso em Paris [mais mulheres medalhistas do que homens) também é grande, porque temos mais mulheres na delegação e temos muitas delas com histórico recente de grandes desempenhos em nível internacional", disse Rogério Sampaio, diretor-geral do COB.
Entre as principais candidatas a medalha para o Brasil em Paris, despontam nomes como da ginasta Rebeca Andrade, ouro no salto e prata no individual geral em Tóquio, e da skatista Rayssa Leal, prata no street na estreia da modalidade no Japão.
"Meu maior objetivo em Paris é chegar bem, saudável, para conseguir fazer a ginástica que quero fazer naquele momento", afirmou Rebeca em entrevista à Folha em 2023.
Uma das principais esportistas do país na atualidade, a guarulhense será homenageada pelos Correios com o lançamento de um selo com a imagem da ginasta.
Rayssa Leal, por sua vez, chega à França como uma das favoritas ao pódio mais uma vez, tendo conquistado no ano passado o bicampeonato mundial da SLS (Street League Skateboard) Super Crown, a Liga Mundial de Skate Street.
"O objetivo é conseguir dar o meu melhor, chegar feliz na pista e aproveitar o momento. Se vier mais uma medalha, será mais um sonho realizado com certeza", afirmou Rayssa.
Ela disse ainda que, desde Tóquio, adquiriu "mais experiência de vida com as viagens, conhecendo países, pessoas e culturas diferentes. Aprendi manobras novas também, estou arriscando mais nos campeonatos."
Beatriz Ferreira, campeã mundial de boxe em 2024, e Ana Marcela Cunha, campeã olímpica na maratona aquática em Tóquio, também estão entre as apostas para alavancar o número de medalhas femininas do Brasil na França.
Entre os homens, o cavaleiro Rodrigo Pessoa, dono de um ouro (Atenas-2004) e dois bronzes (Atlanta-1996 e Sidney-2000), está entre os candidatos brasileiros ao pódio.
Campeão mundial de hipismo, Pessoa vai para sua oitava participação em Olimpíadas, superando Robert Scheidt (vela) e Formiga (futebol), com sete.
Se considerarmos os Jogos de verão (como este, de Paris) e os de inverno (que envolvem esportes na neve), ele igualará a brasileira Jaqueline Mourão, que tem três participações em edições de verão (mountain bike) e cinco de inverno (esqui cross country).
Alison dos Santos, bronze nos 400 metros com barreiras nos Jogos de Tóquio e campeão mundial em 2022, Isaquias Queiroz, ouro em Tóquio e sete vezes campeão mundial, e Hugo Calderano, atual número 6 do ranking, também estarão na briga por medalhas na França.
Assim como os campeões mundiais de surfe Filipe Toledo e Gabriel Medina, que tentarão manter o ouro olímpico da modalidade no Brasil, após a vitória de Italo Ferreira em 2021.
O Brasil competirá em 39 modalidades:
- águas abertas
- atletismo
- badminton
- basquete (masculino)
- boxe
- canoagem slalom
- canoagem velocidade
- ciclismo BMX racing
- ciclismo BMX freestyle
- ciclismo estrada
- ciclismo mountain bike
- esgrima
- futebol (feminino)
- ginástica artística
- ginástica rítmica
- ginástica trampolim
- handebol (feminino)
- hipismo adestramento
- hipismo CCE
- hipismo saltos
- judô
- levantamento de pesos
- natação
- pentatlo moderno
- remo
- rúgbi (feminino)
- saltos ornamentais
- skate
- surfe
- taekwondo
- tênis
- tênis de mesa
- tiro com arco
- tiro esportivo
- triatlo
- vela
- vôlei
- vôlei de praia
- wrestling
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