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Livro conta as aventuras da arquiteta Lina Bo Bardi

A designer e ilustradora espanhola Ángela León lança obra nesta quarta (2)

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São Paulo

Sabe aquele prédio vermelho símbolo de São Paulo, que fica na avenida Paulista e que tem dentro um museu chamado MASP?

Pois ele foi desenhado por uma mulher muito importante chamada Lina Bo Bardi, italiana que, aos 32 anos de idade, se mudou para o Brasil. E aqui criou alguns de seus projetos mais famosos.

Para contar a história da vida e da carreira de Lina —um apelido para seu nome real, Achillina—, a designer e ilustradora espanhola Ángela León lança agora o livro “Lina, Aventuras de uma Arquiteta” (Pequena Zahar, 64 páginas, R$ 54,90).

A arquiteta Lina Bo Bardi em ilustração da espanhola Ángela León - Ángela León/Divulgação

A biografia da arquiteta, pesquisadora e professora ítalo-brasileira é, nas palavras da editora, uma obra infantil recheada de “urbanismo, feminismo, política e liberdade”.

Isso porque, para mostrar o mundo em que Lina nasceu e viveu, Ángela fala sobre um contexto político-social em que mulheres tinham bem menos privilégios que os homens.

Você já pensou, por exemplo, se era fácil para as mulheres conquistarem sucesso e fama nas suas profissões antigamente? E, se essa profissão fosse tida como uma ocupação tipicamente masculina, será que era ainda mais difícil?

Para a autora do livro, Lina Bo Bardi é um símbolo da igualdade de gênero e da luta pela liberdade de expressão. “Acho que ela não foi tão respeitada como merecia. Mas creio que conseguiu se destacar pela sua capacidade de se nutrir com suas experiências e relações, soube aproveitar e multiplicar seus recursos”, diz.

“Sua curiosidade, criatividade, determinação e talvez sua inteligência social foram muito importantes para construir uma trajetória que parecia improvável para uma mulher nessa época.”

Em São Paulo, Lina ficou conhecida principalmente pelos projetos do MASP (Museu de Arte Moderna), do Sesc Pompéia, do Teatro Oficina e da Casa de Vidro, onde morou com seu marido Pietro Maria Bardi e onde hoje funciona o Instituto Lina Bo, no bairro do Morumbi.

Em Salvador, onde morou por um tempo, a arquiteta desenhou a Casa do Chame-Chame e o Solar do Unhão do Museu de Arte Moderna da Bahia. Lina deixou obras também em Minas Gerais e no interior de São Paulo.

“A Lina viveu momentos históricos muito complexos e teve a capacidade de absorver a riqueza de cada lugar, cada momento cultural. Teve uma inteligência, uma sensibilidade e um critério muito especiais. Soube valorizar o que não era tão óbvio”, acredita Ángela.

“Acho que ela se esforçou muito para ter liberdade e desenvolver sua carreira, satisfazer suas inquietudes. Mas os momentos políticos que viveu, o fascismo, a Segunda Guerra, a ditadura no Brasil e obviamente o fato de ser mulher a limitaram muito. Eu acho que o autoritarismo é, de forma sutil, o inimigo dela no livro”.

Para o lançamento de “Lina, Aventuras de uma Arquiteta”, a Pequena Zahar realiza nesta quarta-feira (2), às 17h, um bate-papo da autora Ángela León com o arquiteto Andrés Sandoval, e mediação da editora. O evento acontece no Canal LetrinhaZ, no YouTube.

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