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Palindromistas se reúnem em evento e fundam associação de praticantes

Em São Paulo, amantes dos palíndromos participam de oficinas e palestras; livro infantil 'Osso Nosso' será lançado no encontro

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São Paulo

Vários palindromistas vão se reunir em São Paulo neste sábado (19). E, dizendo assim sem explicar o que raios são palindromistas, dá para imaginar um monte de gente com roupa de explorador, ou vestindo jaleco com estetoscópio de médico pendurado no pescoço.

Acontece que estes profissionais não são da área da ciência, mas das letras. Palindromistas são especialistas em palíndromos, as palavras e frases que, quando lidas no sentido contrário (ou seja, da direita para a esquerda), têm o mesmo som de quando lidas do jeito com que estamos acostumados.

No livro infantil "O Tio + Oito" (editora Caixote), por exemplo, o escritor Caio Zerbini demonstra alguns: ""O namoro romano", "Luz, ar, amo o mar azul", "O galo nada no lago" e "É a mamada da mamãe".

Ilustração de Bruna Lubambo para livro 'O Tio + Oito', de Caio Zerbini, que apresenta os palíndromos às crianças - Divulgação

O nome do evento de sábado é um palíndromo também. LÁ UNA ANUAL é o primeiro encontro brasileiro de palindromistas. Está prevista logo para o início da programação a fundação da LIGA ÁGIL (outro palíndromo), uma associação brasileira de palindromistas.

Ricardo Cambraia, que oficialmente é aposentado mas na prática é um criador voraz de palíndromos, vai participar de uma mesa às 11h11 (todos os horários do evento também são palíndromos).

"É a oportunidade de comemorar o melhor momento da produção de palíndromos da história brasileira. Hoje, uma centena de palindromistas se reúne todo domingo de modo virtual no Twitter, nos concorridos Desafios Palindrômicos. Já era hora de nos conhecermos", comemora Ricardo.

Em 2018, ele estreou no Twitter postando palíndromos em seu perfil pessoal. Chegava a mostrar aos seguidores até 60 palíndromos por dia. O hábito de brincar com as palavras veio como diversão, mas também para lidar com dores crônicas que ele sente, por causa de uma síndrome genética.

Ele garante que palíndromo também é coisa de criança. "A garotada adora brincadeiras com palavras e se encanta com a magia de palíndromos como 'radar' ou 'a mala na lama'. É uma porta bacana de acesso ao mundo das letras e das palavras, que deixam olhinhos brilhando e queixos caídos!", diz.

O livro "Osso Nosso – Palíndromos Caninos" (Editora Aletria), de Leo Cunha, com ilustrações de Angelo Abu e voltado ao público infantil, vai ser lançado no evento. Também estão previstas oficinas, saraus e palestras.

LÁ UNA ANUAL

Avaliação:
  • Quando: Sáb. (19), das 8h08 às 17h30
  • Onde: Mackenzie (R. da Consolação, 930, Auditório Guilherme Thut, térreo do prédio 5 da Engenharia)

DICAS PARA FICAR CRAQUE EM PALÍNDROMOS

  • Sempre que lembrar, leia as palavras ao contrário. Os palíndromos estão nos lugares que você menos imagina (exemplos de palíndromos: reviver, eu que, o casaco, parece rap...)
  • Não é regra, mas as palavras que não têm consoantes seguidas costumam funcionar melhor para palíndromos.
  • Aproveitar palavras que tenham pequenos palíndromos em seus começos ou términos para ser os ‘miolos’ de frases palíndromas. Exemplos: ‘rabada’, ‘amar’, ‘macaca’.
  • Usar palavras palíndromas para ser o miolo de frases palíndromas. Exemplos: ‘ovo’, ‘arara’, ‘asa’.
  • Uma dica boa: Muitas vezes, tudo que você precisa para formar um palíndromo é um artigo. Exemplo: ‘o casaco’, ‘o mínimo’.
  • Atentar a palavras que são o contrário de outras para ser o começo e o fim de uma frase palíndroma: Exemplo: ‘assim’ e ‘missa’.

TODO MUNDO LÊ JUNTO

Texto com este selo é indicado para ser lido por responsáveis e educadores com a criança

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