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Mercado editorial perdeu um quarto do tamanho desde 2006

Queda de faturamento se acentuou nos últimos quatro anos, com crise econômica do país

Loja da Livraria Cultura, que entrou em recuperação judicial - Danilo Verpa/Folha de S. Paulo

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São Paulo

Os pedidos de recuperação judicial das grandes livrarias, realizados no ano passado, já representavam o ápice da crise da indústria de livros no país. Mas o encolhimento do mercado não era algo novo. O setor perdeu, em faturamento, um quarto do seu tamanho entre 2006 e 2018, mostra uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (28).

Esse número inclui tanto vendas para o mercado quanto para o governo. O faturamento do mercado editorial caiu de cerca de R$ 7 bilhões, em 2006, para cerca de R$ 5 bilhões, no ano passado. Ou seja, o setor livreiro hoje é menor do que há 13 anos.

Os dados são da pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, realizada pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), sob encomenda da Câmara Brasileira do Livro e do Sindicato Nacional dos Editores.

A queda, no entanto, não foi linear. Entre 2006 e 2014, o setor chegou a registrar um aumento de 84 milhões de livros vendidos no mercado. As vendas de livro começaram a descer a ladeira em 2014, com o começo da crise econômica, e hoje recuou para cifras próximas às de 2006.

Já o número de exemplares vendidos cresceu: saltou de 319 milhões, em 2006, para 352 milhões, em 2018. O encolhimento do mercado apesar dessa alta, ainda de acordo com a pesquisa da Fipe, está ligado à queda no preço do livro no país —uma diminuição de 34%. O valor médio passou de R$ 28 para R$ 18. 

A queda de faturamento desde o começo da crise, em 2014, foi mais grave em dois segmentos. Para se ter uma ideia, nesse período o segmento de livros científicos, técnicos e profissionais perdeu metade do tamanho em número de exemplares vendidos.

Já o de obras gerais (ficção, não ficção e autoajuda) encolheu 24%. O faturamento deste segmento quase caiu pela metade —passou de R$ 1,8 bilhão para R$ 1 bilhão.

A diminuição das compras de livros pelo governo, como esperado, afetaram especialmente o mercado de didáticos, que perdeu 40% do seu faturamento desde 2006.

O estudo traz o desempenho real das editoras, com valores corrigidos pela inflação acumulada no período em análise.

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