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Moraes Moreira falou sobre lado comercial dos Novos Baianos em última turnê

Músico e fundador do grupo morreu nesta segunda (13), aos 72 anos, no Rio de Janeiro

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São Paulo

Nascido em 1969, o Novos Baianos foi um marco da música brasileira e teve grande sucesso ao longo dos dez anos de sua existência original. Nas décadas seguintes, o grupo voltou a se reunir para novos discos e shows. Sua última turnê, iniciada em 2016, tinha como base o álbum clássico "Acabou Chorare", de 1972.

Foi na ocasião do lançamento da série de apresentações que Moraes Moreira comentou, em entrevista, o aspecto comercial dos Novos Baianos. O músico e cofundador da banda morreu nesta segunda-feira (13), aso 72 anos, no Rio de Janeiro.

Em entrevista à Folha em 2016, rechaçou a ideia de que o reencontro da banda teria sido motivado por interesses comerciais. "Tanto não é comercial que às vezes até se torna", brincou ele.

Com alguns poucos shows marcados à época, a turnê "Acabou Chorare e os Novos Baianos se Encontram" seguiu dando frutos por um bom tempo, com reuniões de Moreira, Luiz Galvão, Baby do Brasil, Pepeu Gomes e Paulinho Boca de Cantor ocorrendo até o ano passado.

E, para Moreira, os retornos tinham uma razão grandiosa por trás. "Sinto que os Novos Baianos têm uma missão no Brasil. Aparecemos num contexto político difícil [a ditadura militar] e viemos para levantar a autoestima do povo brasileiro", afirmou na ocasião.

"Quando cantávamos 'chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor' [do samba 'Brasil Pandeiro', de Assis Valente], era para acreditar que podíamos sair daquele momento. E saímos: da ditadura para a democracia. Hoje é a mesma missão: sair dessa para uma melhor."

"Acabou Chorare" representou o auge da carreira dos Novos Baianos e, em 2007, foi eleito por júri montado pela revista Rolling Stone o melhor disco já feito no Brasil.

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