Irmão e sobrinha de Jimi Hendrix são condenados por usar sobrenome do artista
De uso exclusivo das empresas fundadas pelo pai do músico, nome de escola de música precisará ser trocado pelos familiares
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Impedidos de usar o próprio sobrenome comercialmente, o irmão e a sobrinha de Jimi Hendrix foram condenados pela Justiça após abrirem uma escola de música chamada "Hendrix Music Academy".
Mesmo sendo uma instituição de ensino gratuita e sem fins lucrativos, a Justiça de Nova York determinou que Leon Hendrix e sua filha Tina terão de renomear o lugar e retirar todos os produtos que levem nome ou imagem do guitarrista —o site da escola comercializava camisetas estampadas com o rosto do músico.
Os direitos de uso das músicas, nome e imagem de Jimi Hendrix são exclusivos de duas empresas fundadas pelo pai do artista, Al Hendrix, em 1995. Após a morte de Al, em 2002, é sua filha adotiva, Janie Jinka, quem administra ambas Experience Hendrix e Authentic Hendrix.
Segundo o jornal britânico The Guardian, a disputa pelos direitos de uso começou em 2017, quando Leon foi processado por pôr o sobrenome Hendrix em produtos que incluíam “maconha, comestíveis, comida, vinho, álcool, ‘remédios’ e produtos eletrônicos”.
Além de uma multa de US$ 402 mil, ou R$ 1,3 milhão à época, Leon foi proibido de usar os nomes “Jimi Hendrix”, “Jimi” e “Hendrix”, em qualquer configuração, assim como imagens, semelhanças ou assinaturas do guitarrista.
Ao criar a escola de música, Leon violou a decisão, segundo o entendimento da Justiça. Com isso, ele deverá pagar as despesas judiciais da outra parte e foi alertado pelo juiz que não deve cometer mais infrações.
Tina Hendrix, sobrinha de Jimi, falou que a disputa não é sobre dinheiro, mas sobre “o direito de usar seu próprio sobrenome para fins de caridade” e disse estar atônita que a Justiça está proibindo alguém de usar seu nome de nascença.
Ainda segundo a reportagem do Guardian, os desentendimentos entre a família datam de 2002, quando Al Hendrix morreu e deixou só um disco de ouro para Leon, que entrou na Justiça para tentar reaver parte do espólio.
Em 2004, a decisão saiu, mas foi contrária ao irmão de Jimi e confirmando a filha adotiva de Al como única curadora dos bens do artista.
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