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Academia Brasileira de Letras elege o advogado José Paulo Cavalcanti

Entidade consagrou no último mês a atriz Fernanda Montenegro, o músico Gilberto Gil e o médico Paulo Niemeyer

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São Paulo

O advogado pernambucano José Paulo Cavalcanti Filho foi eleito nesta quinta para a cadeira número 39 da Academia Brasileira de Letras, substituindo Marco Maciel, que foi vice-presidente da República nos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso e morreu em junho.

Cavalcanti disputou a eleição com Ricardo Cavaliere, Godofredo de Oliveira Neto, Luiz Coronel, Camilo Martins e Leandro Gouveia. Era esperado que alguém do meio jurídico entrasse no lugar de Maciel, que também tinha formação em direito.

O advogado José Paulo Cavalcanti Filho, novo imortal da Academia Brasileira de Letras - Reprodução

No último mês, houve várias eleições de pessoas notáveis para a Academia, incluindo a atriz Fernanda Montenegro, o músico Gilberto Gil e o médico Paulo Niemeyer Filho, reflexo de um ano em que as Sessões da Saudade, que declaravam vagas as cadeiras de acadêmicos, não foram realizadas devido à pandemia.

Chama atenção que nenhum dos eleitos na nova leva de acadêmicos é conhecido principalmente pela produção literária, apesar de Cavalcanti ostentar 18 obras no currículo e ter sido premiado pela própria Academia e pelo Jabuti por seu "Fernando Pessoa: Uma Quase Autobiografia".

É um reflexo da tese, apontada a este jornal pelo presidente da Academia, Marco Lucchesi, de que a instituição se abre para um senso mais amplo de cultura, "no qual a literatura é um capítulo essencial, mas não exclusivo".

Contudo, notáveis do meio jurídico como Cavalcanti sempre marcaram forte presença na Academia, um exemplo clássico sendo o jurista Rui Barbosa e um mais recente o advogado Joaquim Falcão, eleito em 2018.

Cavalcanti dirige um escritório de advocacia que leva seu nome, foi secretário-geral do Ministério da Justiça e ministro interino da Justiça no governo de José Sarney —ele também imortal da Academia.

O pernambucano foi ainda presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o Cade, e do órgão hoje conhecido como Empresa Brasil de Comunicação, a EBC.

Ainda haverá uma eleição para uma cadeira da ABL este ano, marcada para de 16 de dezembro, para decidir quem entrará no lugar do professor de filosofia Tarcísio Padilha. Entre os candidatos, estão o escritor Gabriel Chalita e o economista Eduardo Giannetti da Fonseca.

Na próxima semana, também deve ser eleito o novo presidente da Academia, em substituição a Lucchesi, que já cumpriu quatro anos de mandato e não pode mais ser reeleito.​

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