Jean-Luc Godard morreu por suicídio assistido na Suíça, afirma jornal francês
Família do cineasta franco-suíço teria confirmado que ele optou pela técnica por estar exausto, não doente
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Jean-Luc Godard, morto nesta terça-feira, aos 91 anos, teria recorrido ao suicídio assistido. A prática é permitida na Suíça, país onde o cineasta vivia. As informações são do jornal francês Libération.
Uma pessoa da família teria afirmado ao jornal que Godard não estava doente, mas muito exausto. "Ele tomou a decisão de acabar com isso. Foi sua decisão, e era importante para ele que ela viesse a público", disse a fonte anônima.
O Libération afirma ainda que outra pessoa próxima a Godard confirmou a informação. A causa da morte não foi divulgada oficialmente pela família do diretor.
Ao optar pelo suicídio assistido, é a própria pessoa, auxiliada por terceiros, que toma a atitude final. É diferente da eutanásia, em que outra pessoa é quem executa a ação.
A legislação suíça só faz uma ressalva sobre a técnica. "Aquele que, motivado por um motivo egoísta, incitar uma pessoa ao suicídio, ou a ajudar a cometer suicídio, será punido com pena de prisão não superior a cinco anos ou uma multa pecuniária", define o Código Penal do país.
EM vida, o cineasta sugeriu que não teria problema em optar pelo suicídio assistido numa entrevista que deu em 2014 para falar sobre o filme "Adeus à Linguagem" no Festival de Cannes. "Se estiver muito doente, não quero ser arrastado em um carrinho de mão. De jeito nenhum", disse.
Godard é um dos fundadores da nouvelle vague e se consagrou por comandar uma revolução no cinema. O diretor franco-suíço marcou a história da produção audiovisual com obras como "Acossado", "Uma Mulher É uma Mulher" e "Bando à Parte".
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