Annie Ernaux tem visto negado para a Argélia após artigo crítico ao governo
Nobel de Literatura não participará do salão internacional do livro de Argel em razão da recusa
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
A escritora francesa Annie Ernaux, vencedora do Nobel de Literatura em 2022, não participará do salão internacional do livro de Argel após ter tido o visto negado para entrar na Argélia. A informação é do jornal francês Le Monde.
Segundo a publicação, as autoridades de Argel não deram qualquer explicação sobre por que o visto foi negado.
Analistas consideram que a decisão pode ter a ver com um artigo que Ernaux assinou em maio no qual ela e outras personalidades pediam a libertação do jornalista argelino Ihsane El Kadi e denunciavam a perseguição da qual ele é vítima no país.
"A Argélia é um ideal maior do que a masmorra em que está se tornando para jornalistas críticos e vozes dissidentes", dizia a carta, endereçada ao presidente argelino Abdelmadjid Tebboune.
Autora de obras como "O Lugar", "Os Anos" e "O Acontecimento", Ernaux escreve num limiar entre a ficção e o relato documental. Seus livros contam histórias autobiográficas ao mesmo tempo em que refletem sobre o contexto social em que foram vividas.
Ernaux era filha de um comerciante pobre na região rural da França e saiu de casa para estudar letras e se formar professora na Universidade de Rouen.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters