Siga a folha

Descrição de chapéu Folhainvest juros

Bolsa sobe 2% e dólar cai a R$ 5,10 após declarações de Haddad sobre política fiscal e PIB da China

Ministro da Fazenda deu sinais considerados positivos sobre reforma tributária e autonomia do Banco Central

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

A Bolsa fechou em alta e o dólar em queda nesta terça-feira (17), com analistas considerando positivas as sinalizações dadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a política fiscal do governo, e a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) da China.

O Ibovespa fechou em alta de 2,04% a 111.439 pontos, enquanto o dólar encerrou o dia com queda de 0,79%, a R$ 5,106.

Os juros caíram nesta terça. O contrato com vencimento em 2024 saiu dos 13,55% do fechamento desta segunda-feira (16) para 13,47%. Para 2025, a queda foi de 12,66% para 12,51%. Para 2027, de 12,48% para 12,37%.

Cédulas de dólar - Lee Jae-Won/Reuters

Os sinais dados por Haddad, que participa do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, sobre a política fiscal a ser adotada pelo governo, foram bem recebidas pelo mercado.

A Mirae Asset ressalta a notícia de que o ministro não vai interferir na troca de posições importantes do Banco Central (BC), segundo reportagem da CNN. Além disso, Haddad quer se aproximar de Roberto Campos Neto, presidente da autoridade monetária, com reuniões mensais.

"Esta é uma ótima notícia para o mercado. Outra é que a reforma tributária se consolida", afirma o time de analistas da Mirae.

Felipe Moura, sócio e analista da Finacap Investimentos, afirma que a sinalização dada por Haddad nesta terça, de que apresentará o novo arcabouço fiscal em abril para substituir o teto de gastos, é bastante positiva.

"A PEC [proposta de emenda à Constituição] da Transição previa que o novo arcabouço fiscal seria apresentada em agosto, e essa antecipação de quatro meses é um bom sinal. A comunicação do governo tem melhorado muito nos últimos dias", afirma Moura.

No cenário internacional, o destaque fica com China. Apesar de ser o pior resultado desde 1976, excluindo o ano de 2020, quando começou a pandemia, o crescimento de 2,9% da economia em 2022 ficou acima da expectativa de economistas ouvidos pela Reuters, que era de 1,8%.

O resultado ajudou a impulsionar as cotações internacionais de materiais básicos, como o petróleo, e reflete nas ações que têm pesos importantes no Ibovespa. O barril do tipo Brent subia 2,56% às 18h40 (horário de Brasília), para US$ 86,62. As ações preferenciais e ordinárias da Petrobras fecharam com altas de 6,15% e 7,03%, respectivamente.

Americanas tem mais um dia de volatilidade

A ação ordinária da Americanas teve um dia de forte volatilidade, e fechou em baixa de 2,06%, cotada a R$ 1,90, depois de subir mais de 20% na máxima do dia. Nesta segunda-feira, o papel caiu quase 40%.

Nesta terça-feira, pouco antes do fechamento do pregão da Bolsa, a Folha noticiou que a companhia prepara um pedido de recuperação judicial no valor de aproximadamente R$ 20 bilhões, o que fez a ação, que vinha em alta, passar a registrar queda.

Além das tentativas do BTG Pactual de tentar receber os valores devidos pela varejista, inclusive com recurso para derrubar a proteção fornecida pela Justiça que impede a cobrança de dívidas, o Bank of America também entrou com um questionamento para liquidar os contratos de derivativos feitos com a Americanas e assim, saber o tamanho da sua exposição.

A S&P Global rebaixou a nota de crédito da Americanas de "B" (na escala global) e de "brA-" (na escala nacional Brasil) para "D", o que significa situação de default (calote), segundo relatório divulgado nesta segunda-feira.

Lucas Serra, analista da Toro Investimentos, afirma que ainda faltam informações mais claras sobre as inconsistências da Americanas. "Existe uma dúvida se esse valor de R$ 40 bilhões ainda sofrerá alguma mudança.

O analista da Toro observa também o início de um movimento especulativo com a ação da Americanas. "Percebemos constantemente pessoas físicas querendo montar alguma posição, mas é algo arriscado face às incertezas e que, inclusive, desaconselhamos."

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas