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Post engana ao relacionar apagão a decreto para compra de energia na Venezuela

Única causa identificada até o momento para a falta de energia foi falha técnica da Eletrobras

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São Paulo

Não há qualquer relação entre as causas do apagão que atingiu 25 estados do Brasil em 15 de agosto com o decreto 11.629 assinado pelo presidente Lula (PT) e pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), no dia 4 do mesmo mês. O texto define orientações para "o estabelecimento de políticas nacionais de integração do sistema elétrico e de integração eletroenergética com outros países".

Na prática, a legislação permite ao Brasil comprar energia de outros países, após uma série de avaliações como preço e a necessidade diante da reserva energética do país. Esse tipo de importação já acontecia para o abastecimento de eletricidade do estado de Roraima, mas acabou sendo suspenso em 2019, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O processo, mesmo com o decreto, "sequer foi retomado", conforme afirmou ao Projeto Comprova o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), um dos órgãos responsáveis por avaliar propostas de importação de energia.

Por meio de nota, o ONS explicou ainda que o texto "apenas autoriza a realização de estudos para avaliar a viabilidade e a necessidade dessa importação" e disse não haver prazo para a conclusão das pesquisas. Já o MME (Ministério de Minas e Energia) esclareceu que a associação não é possível "uma vez que a integração de energia elétrica que Venezuela tem com o Brasil é no estado de Roraima, único estado não interligado ao SIN, e esta não vem sendo utilizada desde 2019".

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em coletiva de imprensa para tratar dos apagões no sistema elétrico - Pedro Ladeira - 15.ago.2023/Folhapress

Quanto às causas da interrupção de energia, até o momento, órgãos como ONS, MME e Ministério da Justiça ainda apuram o que teria ocorrido. Um segundo evento é investigado, segundo o MME.

A reportagem tentou contato com o perfil @brom_elisa no Twitter, mas não há possibilidade de mensagem direta. Outros perfis da usuária em redes sociais são privados e também não permitem o contato.

Falso, para o Comprova, é o conteúdo inventado ou que tenha sofrido edições para mudar o seu significado original e divulgado de modo deliberado para espalhar uma falsidade.

Por que investigamos

O Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e aplicativos de mensagem sobre políticas públicas e eleições no âmbito federal e abre investigações para aquelas publicações que obtiveram maior alcance e engajamento. Você também pode sugerir verificações pelo WhatsApp +55 11 97045-4984. Sugestões e dúvidas relacionadas a conteúdos duvidosos também podem ser enviadas para a Folha pelo WhatsApp 11 99486-0293.

Leia a verificação completa no site do Projeto Comprova.

A investigação desse conteúdo foi feita por O Povo e O Popular e publicada em 21 de agosto pelo Projeto Comprova, coalizão que reúne 41 veículos na checagem de conteúdos virais. Foi verificada por Folha, Correio Braziliense, Nexo, Poder360, Estadão, Jornal do Commercio e Plural.

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