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Descrição de chapéu Reforma tributária

Cid Gomes troca Reforma Tributária por reunião local do PDT; 3 senadores faltam

Senador tem travado batalha com irmão Ciro no Ceará

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Brasília

A assessoria do senador Cid Gomes (PDT-CE) afirmou que ele não participou da votação da Reforma Tributária nesta quarta-feira (8) porque estava no Ceará para a reunião do diretório estadual do PDT.

Dos 81 senadores, apenas Cid, Irajá (PSD-TO) e Marcos Rogério (PL-RO) não votaram.

Cid e o irmão Ciro Gomes travaram uma batalha pelo comando do diretório estadual do partido, de olho nas eleições municipais de 2024. No mês passado, a executiva nacional do PDT aprovou uma intervenção no diretório cearense.

O senador Cid Gomes durante a sessão da CPI do 8 de janeiro, em maio - Vinicius Loures-25.mai.2023/Câmara dos Deputados

Cid e seus aliados acusam o atual presidente do partido, deputado André Figueiredo, de romper acordo que havia sido firmado em julho sobre a direção do braço cearense do PDT. Ele havia se licenciado do cargo e cedido a presidência para Cid, com o compromisso de ser reconduzido em dezembro.

No entanto, Figueiredo decidiu antecipar a volta da licença após a divergência sobre os rumos do diretório, o que desencadeou a briga judicial. Para resolver o impasse, o presidente chamou a reunião da executiva que decidiu pela intervenção no diretório local.

O motivo da disputa é a divergência sobre o alinhamento com o PT no estado de olho nas eleições de 2024.

O grupo de Cid Gomes defende que o partido faça parte de uma aliança ampla, enquanto a ala ligada a Ciro e a Figueiredo quer independência do PDT —apesar de o presidente licenciado da legenda, Carlos Lupi, ser ministro da Previdência do governo Lula.

"O nosso estado do Ceará está sendo destruído daquele caminho que nós trilhamos. Está sendo destruído pela traição. Está sendo destruído pelo descompromisso", afirmou Ciro na semana passada, em um recado endereçado a Cid.

Já Marcos Rogério afirmou que não participou da sessão porque era contra o texto. Como a aprovação de uma PEC (proposta de emenda à Constituição) depende do voto a favor de 49 senadores, a oposição avalia que a ausência dele não interferiu no resultado.

"Minha posição é pública e notória contra a Reforma Tributária como ela está. Como a votação de emenda Constitucional exige maioria qualificada para aprovar, (49 votos favoráveis) o fato de não votar representa voto contra a matéria", disse em nota.

"Porém, eu defendo sim a Reforma Tributária. Sobretudo, uma reforma que simplifique as regras, reduza a carga de impostos e distribua melhor a arrecadação. Infelizmente, não é isso que está na reforma do PT, por isso não votei."

A reportagem também procurou Irajá, mas não houve retorno. Cid e Irajá estão na base do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Senado; Marcos Rogério, na oposição.

A Reforma Tributária foi aprovada pelo Senado nesta quarta com placar apertado para o Palácio do Planalto. O texto recebeu 53 votos a favor e 24 contra, só 4 a mais que o necessário.

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