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Bolsa tem leve alta após PIB melhor que o esperado; dólar cai com dados de emprego dos EUA

Crescimento da economia surpreende e apoia Ibovespa, mas ações da Vale pressionam

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São Paulo

Após uma sessão instável, a Bolsa brasileira terminou o dia com leve oscilação positiva de 0,07%, aos 126.903 pontos, ganhando força após a divulgação de dados melhores que o esperado sobre o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro no terceiro trimestre, mas pressionada pela queda das commodities.

O PIB do Brasil cresceu 0,1% no período, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), numa desaceleração em relação aos três meses anteriores. O dado, porém, ficou acima da projeção de queda de 0,3% feita por analistas consultados pela agência Bloomberg.

Além disso, o consumo das famílias cresceu 1,1% e mostrou resiliência, o que impulsionou ações do setor de varejo. GPA, Magazine Luiza, Grupo Soma e Arezzo estavam entre as maiores altas da sessão, com avanços de 15,84%, 7,00% e 3,91%, respectivamente.

"O resultado veio mais uma vez acima do esperado, com queda menor da agropecuária e resiliência dos serviços. Os serviços e o consumo das famílias seguem em seus picos históricos e representam um importante suporte para o crescimento da economia", afirma João Savignon, chefe de pesquisa de macroeconomia da Kínitro Capital.

Já o dólar até começou o dia subindo, mas passou a cair após a divulgação de novos dados de emprego dos Estados Unidos, que vieram piores que o esperado e confirmaram a tendência de desaceleração da economia americana, endossando apostas de que uma redução nos juros do país está próxima.

Com isso, a moeda americana terminou o dia em queda de 0,45%, cotada a R$ 4,925.

Homem fotografa tela que mostra ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo - Rahel Patrasso - 22.dez.21/Xinhua

As vagas de emprego nos EUA caíram em outubro para o nível mais baixo desde o início de 2021, indicando que o mercado de trabalho estava desacelerando à medida que as taxas de juros mais elevadas arrefeciam a demanda na economia.

As vagas de emprego, caíram em 617 mil, para 8,733 milhões, no último dia de outubro, informou nesta terça o Departamento do Trabalho dos EUA. Os números fazem parte do relatório mensal sobre vagas de emprego e rotatividade no trabalho, ou relatório Jolts.

Economistas consultados pela Reuters previam 9,30 milhões de vagas de emprego em outubro. Já os dados de setembro foram revisados em baixa para mostrar 9,350 milhões de vagas de emprego, em vez dos 9,553 milhões relatados anteriormente.

Os novos números voltaram a pressionar o dólar, que passou a cair após a divulgação. A perspectiva de queda de juros tende a pressionar a moeda americana pois reduz a atratividade da renda fixa dos EUA, fazendo com que investidores realoquem seus recursos para mercados de maior risco.

Além disso, três profissionais ouvidos pela Reuters afirmaram que, com as cotações próximas dos R$ 4,96, exportadores entraram no mercado vendendo moeda, o que derrubou os preços.

"Houve ofertas de exportadores no segmento à vista, que foram chamados ao mercado com o câmbio orbitando em torno de R$ 4,95", pontuou o diretor da assessoria de câmbio FB Capital, Fernando Bergallo.

Na Bolsa brasileira, além das varejistas, a CVC e a Cyrela também aparecem na lista das maiores altas do dia, com altas de 7,80% e 3,86%, respectivamente.

"Empresas do setor imobiliário, como a Cyrela, geralmente são sensíveis a melhorias econômicas. O crescimento econômico pode indicar maior demanda por imóveis e impulsionar o desempenho dessas empresas, e o PIB melhor que o esperado colabora para essa alta. Já a CVC pode estar respondendo positivamente à expectativa de retomada das atividades", afirma Vinicius Moura, economista e sócio da Matriz Capital.

Na ponta negativa, as ações da Vale, a maior empresa da Bolsa brasileira, caíram 0,92% e limitaram os ganhos do Ibovespa, acompanhando o declínio do minério de ferro no exterior. Nesta terça, a agência de classificação de risco Moody's cortou a perspectiva de nota da China de estável para negativa, o que contribuiu para a queda da commodity.

A Petrobras, outra grande componente do Ibovespa, também recuou. As ações da petroleira fecharam em baixa de 0,45%, com forte queda do petróleo no exterior.

Com Reuters

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