Siga a folha

Descrição de chapéu Folhajus

Trabalhadores resgatados em plantação de banana eram obrigados a tomar água de córrego, diz Promotoria

Ministério Público do Trabalho afirma ter encontrado grupo em condição análoga à escravidão em Eldorado, no Vale do Ribeira (SP)

Assinantes podem enviar 7 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

Sete trabalhadores contratados para realizar o plantio de banana foram encontrados pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) em condições análogas à escravidão, segundo o órgão, em Eldorado, no Vale do Ribeira. A falta de água potável para consumo fazia parte da situação degradante em que estavam, de acordo com a Promotoria.

Os trabalhadores coletavam água em um córrego próximo do alojamento para beber.

Além disso, não havia camas no alojamento e todos dormiam em colchões no chão. Um dos banheiros não possuía chuveiro e os trabalhadores eram obrigados a tomar banho de água fria por um cano que saía da parede.

Homem coleta água em córrego em Eldorado (SP) - MPT/Divulgação

Com o apoio do Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador), o MPT encontrou um local com higiene precária. Apesar de ser originário da região, o grupo estava alojado próximo à lavoura. Alguns estavam no local há cinco meses e outros há um mês. Um deles havia chegado no local há apenas um dia.

Os fiscais apontam irregularidades também nas frentes de trabalho. Os homens contratados para plantar banana borrifavam agrotóxico sem equipamentos de proteção, como máscara, luvas e óculos, de acordo com a investigação.

Apenas um deles possuía registro em carteira de trabalho –os demais trabalhavam em situação informal.

"A condição encontrada pela equipe é de total precariedade. Os trabalhadores estavam alojados em condições subumanas, sem sequer ter acesso à água potável de qualidade", disse o procurador Gustavo Rizzo Ricardo.

Os sete homens foram resgatados do local. Por meio de um termo de ajuste de conduta, o empregador se comprometeu a pagar R$ 80 mil em verbas rescisórias e mais R$ 80 mil por dano moral. Os valores serão divididos entre os trabalhadores.

"Outras operações serão realizadas no Vale do Ribeira e esperamos não mais encontrar pessoas nessas condições", afirmou Rizzo.

O alojamento dos trabalhadores não tinha cama e a higiene era precária - MPT/Divulgação

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas