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Descrição de chapéu Natação

De Hernanes a medalhista do Pan, conheça ex-atletas que se tornaram empreendedores

Esportistas investem em paixões para ter lucro depois da aposentadoria

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São Paulo

Atletas dão início ao próprio negócio para atuar com paixões além do esporte. Para empreender, eles se unem a profissionais com experiência no mercado e contam com o apoio de outros esportistas, que usam e divulgam os produtos.

Conheça as histórias de quatro ex-atletas que se tornaram proprietários de negócios, de marcas de roupa a restaurantes.

Hernanes em treino do São Paulo, em Barra Funda. O jogador é dono de diferentes empreendimentos - Rubens Chiri / saopaulofc.net

'COMO NO FUTEBOL, PACIÊNCIA É CHAVE PARA SUCESSO NOS NEGÓCIOS'

Hernanes, 38. Ídolo do São Paulo, teve passagens por Lazio, Internazionale e Juventus (ITA) e seleção brasileira

Eu sinto que empreender é quase uma necessidade. Porque é natural que, com o sucesso e a boa situação financeira, a gente queira ampliar nossa área de atuação para nossas paixões, anseios e desejos além do futebol.

Às vezes, a experiência como atleta atrapalha, porque, quando você já tem um sucesso em uma atividade, o seu começo em outra não é mais exatamente um começo. Precisei entender essas nuances para crescer.

Hoje, eu estou com a Pousada Corveta, em Fernando de Noronha. Na Itália, tenho um projeto de agroturismo e um restaurante focado em vinhos, o Wine Bistrô, em Turim. No Recife, tenho uma loja de carros.

Um dos projetos que mais sofreram com a pandemia, mas está melhorando, é o restaurante Raça, que abri com o Lugano [ex-zagueiro uruguaio] dentro do estádio do Morumbi.

Para conquistar isso, foi importante parar e pensar que, no futebol, foram anos de dedicação, aprendizado, espera e paciência até chegar ao sucesso e, nos negócios, seria igual. Tive que investir tempo e determinação.

'JUNTO-ME A QUEM ENTENDE DO ASSUNTO PARA EMPREENDER'

Marcos Assunção, 46. Teve passagens de destaque por Palmeiras e Roma (ITA), além de ter defendido a seleção

Eu entendi a importância de empreender porque sabia que a vida de jogador é uma coisa fora da realidade. A gente recebe um salário que permite uma qualidade de vida muito alta e, se não se cuidar, perde isso de repente.

É como se o salário fosse um chuveiro, e nossos gastos, um ralo. Quando a gente para, sobra só o ralo. É fundamental ter consciência da necessidade de, depois do fim da carreira, ter outra fonte de renda.

Sempre procurei investir em coisas que eu gosto e acho necessárias. A Elegancy Esthetic, minha clínica de estética, foi algo em que eu quis investir porque é o tipo de lugar que eu frequento e percebi que mulheres e homens buscam muito se cuidar.

A Speed69, loja de equipamentos para motos, é um tipo de negócio que veio de uma paixão minha.

Outro fator em que eu sempre prestei atenção foi me juntar a quem entende bem do assunto. Para meu restaurante, o York Gastro Bar, eu procurei um chef com experiência na área. Na clínica, também, encontrei uma esteticista com experiência, além de todos os negócios ficarem em São Paulo, onde eu posso acompanhar de perto como estão.

'EMPRESA COMEÇOU COM BUSCA POR ROUPA FUNCIONAL E BONITA'

Fabíola Molina, 47. Ex-nadadora, foi medalhista de prata nos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro; é dona da Fabíola Molina Moda Praia

Eu sempre tive dificuldade em encontrar uma roupa que me permitisse fazer um treino com a intensidade necessária e que também fosse bonita, então decidi encomendar algo para os treinos.

Falei com uma costureira da minha cidade, São José dos Campos [interior de SP], e pedi algo com esses requisitos. Pensamos então num sunquíni [calcinha de biquíni com a lateral larga], primeira peça que produzimos.

Como não era comum, outras nadadoras me perguntavam onde eu tinha comprado, porque também queriam. Assim, de um jeito bem informal, começamos a vender, lucrando R$ 5 com cada peça, mas sem pensar em tornar isso um negócio. O que nós fizemos foi trazer a moda praia para as piscinas.

Nós buscamos sempre crescer aos poucos, sem fazer nenhuma loucura, e a minha mãe, como sócia, sempre ajudou nisso.

Em 2016, fomos licenciados para a natação nas Olimpíadas do Rio. Depois disso, a marca vem crescendo e queremos expandir mais no próximo ano.

'COMECEI A IMPORTAR E VENDER CAMISETAS QUANDO AINDA JOGAVA'

Maurício Nassar, 31. Com passagens por times menores, abandonou a carreira no futebol aos 23 para investir em sua marca de roupas, a Eleggoá

Às vezes, só de você falar que é jogador de futebol, acham que você é milionário, mas a realidade não é assim. A grande maioria tem dificuldade em se manter. A minha situação era essa.

Ainda era jogador quando comecei a importar camisetas e vender para amigos e conhecidos do futebol, e eles foram gostando dos produtos. Disso me veio a ideia de criar uma marca.

Um dos principais motores da Eleggoá foi a divulgação, e isso foi algo que sempre vi como importante. Uma vez peguei cem camisetas e distribuí para pessoas, amigos de amigos, que poderiam divulgar. Funcionou muito bem.

Percebi o alcance da divulgação quando o Vinícius Jr. me mandou mensagem dizendo que tinha visto e gostado da marca e queria comprar produtos nossos. Ele postou uma foto vestido com uma camiseta nossa. Muita gente nos conhece assim.

Ainda quero crescer muito, mas já chegamos longe. Tenho cinco pessoas para me ajudar e faturamento mensal de R$ 50 mil com vendas só no online.

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