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Documentos mostram que caso de envenenamento de espião está ligado com Kremlin

Jornalistas revelam que suspeitos de tentar matar ex-espião têm laços com o Ministério da Defesa do governo Putin

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Londres e Genebra | AFP

Documentos revelados por jornalistas fornecem a primeira evidência de que os suspeitos de usar o agente neurotóxico Novitchok  em Salisbury (sul da Inglaterra) têm laços formais com o Ministério da Defesa russo.

As autoridades britânicas acusaram, no dia 5 de setembro, Alexander Petrov e Ruslan Boshirov de conspiração para assassinar Sergei e Yulia Skripal e o detetive-sargento Nick Bailey. O ex-espião russo e sua filha foram encontrados em colapso no dia 4 de março –ele encontra-se internado, mas consciente, enquanto a filha recebeu alta em abril–, e o policial ficou doente depois de tentar ajudá-los –o policial se ecebeu alta em 22 de março.

Os promotores britânicos dizem que Petrov e Boshirov trabalham para a inteligência militar russa, fato que o presidente Vladimir Putin nega.

Mas o passaporte de um dos dois suspeitos apresenta uma marcação “secreta” e um número de telefone com o pedido “Não dê informações”. O número, descoberto pelo Observer neste sábado (15), é da recepção do Ministério da Defesa da Rússia, onde um funcionário informou que não falaria com jornalistas nem forneceria qualquer informação.

Ele está internado em estado grave desde quinta-feira (13), sob suspeita de envenenamento.

"Petya [Piotr] recobrou a consciência, ma segue tendo alucinações e delírios", disse  Nikulshina, revelando que ele será transferido para Berlim.

"Nosso amigo, irmão e camarada Petr Verzilov está em reanimação. Sua vida está em perigo. Pensamos que ele foi envenenado", disse o Pussy  Riot nas redes sociais. Não houve confirmação oficial do diagnóstico.

Já o editor-chefe do Mediazona, Sergei Smirnov, expressou cautela, confirmando a internação de Verzilov,  mas disse que o diagnóstico ainda é incerto. 

Verzilov é também cidadão do Canadá. O premiê Justin Trudeau se disse preocupado e que funcionários do consulado haviam entrado em contato com o hospital.

Ele começou a se sentir mal à tarde, quando perdeu na sequência a visão, a fala e a capacidade de andar.

A mulher dele, Nadezhda Tolokonnikova, também do grupo, foi sentenciada a dois anos de prisão em 2012 por uma perfomance em uma catedral em Moscou. "Pyotr pode ter sido envenenado", ela tuitou. 

Veronika Nikoulshina e Piotr Verzilov integram o grupo de quatro pessoas do Pussy Riot que invadiram o campo na final da Copa do Mundo, vestidos com uniforme de polícia. À época, foram condenados a 15 dia de prisão.

Pyotr Verzilov, em foto de 23 de julho de 2018, quando foi preso por 15 dias - Vasily Maximov/AFP

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