Siga a folha

Milhares de crianças foram vítimas de abuso na Alemanha, aponta estudo

Estudo conclui que 1.670 religiosos abusaram de 3.677 menores entre 1946 e 2014

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Igreja em Berlim, na Alemanha - Markus Schreiber - 8.abr.10/Associated Press

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Berlim | Reuters e AFP

Padres da Igreja Católica abusaram sexualmente de milhares de crianças durante um período de 70 anos, afirmou a revista Der Spiegel nesta quarta-feira (12), citando estudo ordenado pela conferência episcopal alemã.

O estudo, conduzido por três universidades alemãs, concluiu que 1.670 religiosos e padres abusaram de 3.677 menores, com idade não superior a 13 anos e a maioria do sexo masculino, entre os anos 1946 e 2014. 

O bispo de Trier, Stephan Ackerman, disse em nome da Conferência Episcopal alemã que a igreja está ciente da extensão dos abusos apontados pelo estudo.

"É deprimente e uma vergonha", afirmou em nota. O Vaticano não se pronunciou.

Nesta quarta, o papa Francisco convocou os secretários-gerais das conferências episcopais do mundo todo para uma reunião extraordinária na qual será discutida a proteção a menores contra abusos sexuais. O encontro será em fevereiro.

Mais de 38 mil arquivos de 27 dioceses ao redor da Alemanha foram examinados como parte da investigação. 1 em cada 6 casos envolveu alguma forma de estupro e três quartos das vítimas sofreram abusos dentro de uma igreja ou no âmbito de uma relação pastoral com o acusado. 

Em muitos casos, as evidências foram destruídas ou manipuladas, a gravidade dos casos foram "minimizados" e os religiosos acusados transferidos de paróquia sem que a nova localidade fosse alertada sobre eles. 

O estudo aponta ainda que 4% dos acusados ainda trabalham e que apenas um terço deles sofreram algum tipo de sanção por parte da igreja.

O documento sugere ainda que a igreja examine a obrigação do celibato e a ordenação de homens gays como "fatores de risco". 

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas