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Incêndio em Portugal deixa ao menos 30 pessoas feridas

Cerca de 1.700 bombeiros foram mobilizados para tentar conter chamas

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Amendoa (Portugal) | AFP e Reuters

​Cerca de 1.700 bombeiros atuaram, neste domingo (21), para conter um enorme incêndio florestal que deixou ao menos 30 feridos (entre eles, oito bombeiros) em uma região montanhosa de Portugal chamada Castelo Branco, distante 200 km de Lisboa. 

Um dos feridos, que foi resgatado em estado grave, precisou ser levado de helicóptero para Lisboa, segundo o comandante da operação, Luis Belo Costa. 

Bombeiro monitora a evolução de incêndio florestal em Amendoa, Portugal - Patricia de Melo Moreira/AFP

Dois dos três focos de incêndio ainda estão fora de controle. Autoridades tiveram que evacuar vilarejos e praias fluviais como medida de segurança.

Além dos 1.700 bombeiros, a operação também foi apoiada por 480 veículos e 23 aeronaves, segundo a Defesa Civil.

A maior parte do efetivo está perto do município de Vila de Rei. O incêndio iniciado no local percorreu cerca de 25 km desde o seu ponto de origem.

"A origem dos incêndios está sob investigação (...). Há algo estranho, como cinco incêndios significativos começam em áreas tão próximas?", questionou o ministro do Interior de Portugal, Eduardo Cabrita .

O Exército também anunciou o envio de 20 soldados e quatro veículos para "abrir caminhos e facilitar o acesso dos bombeiros".

O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, expressou sua "solidariedade às centenas de pessoas que lutam contra os incêndios", em mensagem publicada no site do governo.

Cinco regiões no centro e do sul de Portugal estão em alerta máximo para incêndio devido à seca e ventos, mas temperaturas permanecem abaixo de 41 graus na região de Castelo Branco —limiar que desencadeia o alerta vermelho de onda de calor. 

As regiões montanhosas e cobertas de florestas do centro de Portugal são regularmente vítimas de incêndios, incluindo os mais mortíferos da história do país. Em junho e outubro de 2017, dois grandes incêndios mataram 114 pessoas.

A região é habitada principalmente por pessoas idosas, cujos vilarejos se escondem nas florestas de eucalipto, uma espécie extremamente inflamável, mas muito procurada pela indústria do papel. Apesar dos riscos, os habitantes locais plantam essas árvores como fonte de renda.

O governo português vem mobilizando meios significativos para impedir a recorrência de grandes incêndios.

No início de junho, decidiu nacionalizar o sistema de comunicações de emergência (Siresp), criticado por uma série de deficiências durante os incêndios de 2017. Na ocasião, os bombeiros tiveram problemas para coordenar suas operações e bloquear as estradas a tempo de impedir que os motoristas ficassem presos nas chamas.

De acordo com um estudo do Sistema Europeu de Informações sobre Incêndios Florestais (Effis) publicado em maio, mais de 250 mil hectares foram queimados em toda a Europa entre janeiro e abril de 2019, total que já ultrapassou os 181 mil hectares queimados durante toda a temporada de incêndios de 2018.

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