Siga a folha

Presidente do Parlamento da Nova Zelândia cuida de bebê durante sessão

Gesto levanta discussão de equilíbrio entre vida pessoal e profissional no país

O presidente do Parlamento da Nova Zelândia, Trevor Mallard, com o bebê no colo durante a sessão - Reprodução/New Zealand Parliament/Reuters

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Wellington (Nova Zelândia) | Reuters

Enquanto os legisladores da Nova Zelândia debatiam os preços dos combustíveis no Parlamento na quarta (21), o presidente da Casa, Trevor Mallard, pediu ordem durante a sessão para dar mamadeira ao bebê Tūtānekai.

Tūtānekai é o filho de seis semanas de um colega do presidente, o legislador trabalhista Tāmati Coffey.

Ele é casado com Tim Smith, pai biológico do bebê. O casal teve o pequeno com a ajuda de uma barriga de aluguel. 

"Há momentos em que posso ser vagamente útil", disse Mallard à agência de notícias Reuters, acrescentando que ele tenta ajudar a cuidar de bebês dos legisladores quando possível.

O recém-nascido se junta a muitos outros bebês na legislatura após Mallard ter afrouxado as regras em 2017 para tornar o parlamento mais amigável a crianças.

Cerca de uma dúzia de deputados tiveram crianças recentemente, e a primeira-ministra Jacinda Ardern no ano passado tornou-se a primeira governante da Nova Zelândia a tirar licença maternidade.

Sua filha Neve Te Aroha ganhou as manchetes em setembro, quando acompanhou Ardern à Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York.

Mas defensores de direitos trabalhistas disseram à Reuters que poucos neozelandeses têm o privilégio de balancear o cuidado com suas famílias e com o trabalho, e esperam que os bebês parlamentares tragam uma mudança mais ampla nas condições de trabalho.

Tania Te Whenua, uma advogada que está trabalhando em um caso para o maior sindicato da Nova Zelândia, alegando discriminação contra as mulheres indígenas maori, disse que se sentiu desaprovada em locais nos quais trabalhou anteriormente em relação a visitas de suas crianças. 

"A capacidade de ter, nutrir e criar filhos é um aspecto célebre da cultura maori, e sentir-se como se isso fosse desaprovado no ambiente de trabalho faz com que o maori se sinta um estranho", disse ela.

Ela expressou apoio às políticas familiares do presidente do Parlamento.

Mallard, um veterano político e pai de três filhos adultos, com seis netos, esperava que mais empregadores seguissem sua liderança.

"O que eu descobri é que isso contribui para a atmosfera positiva do local de trabalho", disse, acrescentando que regularmente encontra bebês nos corredores do poder e até mesmo na piscina interna do parlamento.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas