EUA anunciam envio de mais soldados à Arábia Saudita em resposta a ameaças do Irã
Destacamento ocorre após ataque a instalações petrolíferas do reino saudita atribuído a Teerã
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Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta (11) o destacamento de forças militares adicionais à Arábia Saudita, em um movimento que visa a proteger o maior aliado americano no Oriente Médio após o ataque atribuído ao Irã contra instalações de petróleo do reino saudita.
Segundo o Pentágono, o destacamento inclui esquadrões de combate, uma ala expedicionária e pessoal da área de defesa aérea, além de duas baterias Patriot e um sistema de defesa aérea Thaad. Junto com os 200 soldados anunciados à Arábia Saudita no mês passado, a força agora totaliza 3.000 soldados.
As tensões entre EUA e Irã aumentaram a novos patamares desde maio de 2018, quando o governo Trump deixou unilateralmente o acordo nuclear internacional que impõe limites ao programa nuclear iraniano em troca do alívio das sanções contra o país persa.
Com o restabelecimento das sanções por parte de Washington, houve uma série de ataques atribuídos ao Irã, como o realizado à maior instalação de processamento de petróleo bruto do mundo, na Arábia Saudita. Teerã nega.
O secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper, disse a repórteres que a decisão anunciada nesta sexta foi planejada para deter o Irã.
"Achamos que era importante continuar enviando forças para deter, defender e enviar a mensagem aos iranianos: não atinja outro estado soberano, não ameace os interesses americanos ou as forças americanas, ou então responderemos", disse ele a repórteres durante uma entrevista coletiva.
De acordo com Donald Trump, os Estados Unidos não arcarão com as despesas da implantação. "A Arábia Saudita, a meu pedido, concordou em nos pagar por tudo o que estamos fazendo", disse o presidente americano a repórteres.
Ainda não está claro se as tropas recém-anunciadas vão substituir outras forças americanas que devem deixar a região nas próximas semanas ou meses.
O destacamento adicional ocorre no momento em que muitos congressistas questionam a aliança entre EUA e Arábia Saudita e apoiam diversos movimentos —até agora sem sucesso— para impedir que o governo americano venda armas para o reino saudita sem a aprovação do Congresso.
As críticas aos estreitos laços entre Washington e Riad sob Trump aumentaram no ano passado após a morte do jornalista Jamal Khashoggi. Onze autoridades sauditas estão sendo julgadas pelo assassinato ocorrido dentro do consulado saudita em Istambul.
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